Chefe da NSA propõe negociar cooperação com europeus

30 out 2013 - 20h43
(atualizado às 20h44)

Em plena crise diplomática pelas interceptações de comunicações na Europa, o chefe da Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês), general Keith Alexander, propôs nesta quarta-feira "se sentar" com as autoridades europeias para uma melhor cooperação em matéria de cibersegurança e antiterrorismo.

O general americano Keith Alexander mencionou o ex-encarregado da Inteligência interna francesa (DCRI), Bernard Squarcini. Segundo Alexander, Squarcini teria afirmado que todo o mundo espiona todo o mundo.

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"Suponhamos que Squarcini tenha razão e que todo mundo espione todo o mundo. A verdadeira pergunta é: 'o que pode realmente prejudicar nossos países?'. Estamos de acordo com dizer que é o terrorismo e as ameaças na Internet", afirmou o diretor da NSA.

Para o general americano, "essa aliança com a Europa é absolutamente importante, mas isso tem de acontecer com todos, em torno de uma mesa, deixando de lado todo o sensacionalismo". "Tenho bons aliados na França, na Alemanha e no restante da Europa. Temos de nos sentar em uma mesa, porque devemos resolver esses problemas de terrorismo e de ciberameaças", afirmou.

Keith Alexander voltou a negar as informações de que a NSA interceptou milhões de comunicações na Europa. "A percepção de que a NSA interceptou 70 milhões de chamadas telefônicas na França, Espanha, ou Itália é factualmente incorreta. Não somos nós", insistiu.

"Trata-se, na realidade, de países que trabalham juntos em operações militares e coletam tudo de que todos precisamos para proteger nossas tropas nas zonas em que trabalhamos em conjunto", disse ele. "Isso não tem nada a ver com interceptações que apontem para a Europa. Ponto", completou.

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