Corpos de vítimas do voo MH-17 ainda estariam na Ucrânia
Nove dias após a queda do avião MH17 com 298 pessoas a bordo, entre elas 193 holandesas e 28 australianas, "há cadáveres que ainda não foram encontrados"
Holandeses e australianos estavam preparados neste sábado para se dirigir ao leste da Ucrânia, região controlada por separatistas pró-russos onde o avião da Malaysia Airlines caiu, afirmando que faltam cadáveres, mas a investigação está estancada.
A União Europeia (UE) aplicou sanções neste sábado contra os chefes dos serviços de inteligência russos e várias autoridades de segurança, enquanto os combates prosseguem na Ucrânia e a Rússia é acusada de fornecer armas aos insurgentes.
Segundo Moscou, esta decisão afetará a cooperação internacional em matéria de segurança.
Decidida a elevar o tom frente à Rússia após a tragédia do voo da Malaysia Airlines no dia 17 de julho, a Europa acrescentou 15 pessoas e 18 entidades a sua lista de sancionados, que agora têm seus bens no continente congelados e são proibidos de viajar em território da UE.
Corpos de vítimas do voo da Malaysia chegam à Holanda
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Nove dias após a queda do avião MH17 com 298 pessoas a bordo, entre elas 193 holandesas e 28 australianas, "há cadáveres que ainda não foram encontrados", destacou neste sábado o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott.
Jornalistas da AFP viram na sexta-feira o pedaço de um corpo em um campo de girassol assinalado com um tecido branco atado um pau, e outro pedaço de um ser humano no local principal da catástrofe.
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"Está claro que ainda há restos de cadáveres que não foram descobertos no local", destacou Abbott, acrescentando que se trata de uma missão humanitária.
A Austrália planeja enviar cerca de 200 homens, sobretudo policiais, e um número indeterminado de soldados.
Quarenta policiais holandeses desarmados chegaram com grande discrição a Kharkiv (leste da Ucrânia) na noite de sexta-feira e planejavam se dirigir à paisana ao local para ajudar a encontrar os restos dos últimos cadáveres, segundo os meios de comunicação ucranianos e holandeses.
No entanto, a mobilização de uma missão policial internacional precisa ser ratificada pelo Parlamento ucraniano.
O Parlamento ucraniano se reunirá em sessão especial na quinta-feira para decidir se aceita ou rejeita a renúncia do primeiro-ministro, que provocou uma crise política, indicou a presidência neste sábado.
Esta sessão parlamentar especial também examinará a investigação dirigida pela Holanda sobre o caso do avião da Malaysia Airlines derrubado por um míssil em uma zona controlada pelos insurgentes pró-russos no leste da Ucrânia, acrescentou a presidência.
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No entanto, os insurgentes pró-russos, energicamente criticados no mundo por sua gestão do local e pelo tratamento reservado aos corpos, já afirmaram aos inspetores da OSCE que não aceitarão a presença no local de mais de 35 estrangeiros.
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Irmãos australianos Mo, 12 anos, Evie, 10, e Otis Maslin, 8, voltavam com o avô, Nick Norris, para a Austrália após um feriado ao lado dos pais, que ficaram em Amsterdã
Foto: Reprodução/BuzzFeed
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Nick Norris, 68, acompanhava os netos Mo, Evie e Otis em viagem de volta à Austrália
Foto: Reprodução/BuzzFeed
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O holandês John, sua mulher Yuli e os filhos Arjuna e Sri Paulissen estavam no voo da Malaysia
Foto: AP
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O holandês Joep Lange já foi presidente da Sociedade Internacional da AIDs e estava indo para uma conferência sobre a doença na Austrália
Foto: Jean Ayssi/AFP
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O porta-voz da Organização Mundial da Saúde, Glenn Thomas, estava a caminho da conferência sobre a AIDs em Melbourne, na Austrália
Foto: AFP/Organização Mundial da Saúde
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Foto da graduação do indonésio Hendry Se, que estava no avião da Malásia que caiu na Ucrânia
Foto: Família de Hendry Se/AFP
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Os namorados holandeses Karlijn Keijzer e Laurens van der Graaff também estão entre as vítimas
Foto: AP
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Foto da indonésia Ninik Yuriani, uma das vítimas que estavam no voo da Malaysia, na Holanda
Foto: Família de Ninik Yuriani/AFP
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Um cartaz de desaparecido com uma foto do indonésio Wayan Sujana, que estava no avião da Malaysia
Foto: Christopher Furlong/Getty Images
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O senador holandês Willem Witteveen estava no voo da Malaysia Airlines atingido por um míssil quando sobrevoava a Ucrânia
Foto: Paul Dijkstra/AFP
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A holandesa Jacqueline van Tongeren era uma das pesquisadoras da AIDs a caminha de uma conferência sobre a doença em Melbourne, na Austrália
Foto: Maaike Danz/AP
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O holandês Cor Pan era um dos passageiros do voo MH17, da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia
Foto: Reprodução/Facebook
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A australiana Philomene Tiernan também estava no avião da Malaysia
Foto: Reprodução/Facebook
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Quinn Lucas Schansman possuía dupla nacionalidade, holandesa-americana, e estava entre as vítimas da tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Reprodução/Facebook
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A malasiana Angeline Premila era uma das comissárias a bordo do MH17
Foto: Reprodução/Facebook
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O holandês Pim de Kuijer participava do grupo Stop the AIDs Now! e também iria para a conferência sobre a doença na Austrália
Foto: Reprodução/Facebook
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Martine de Schutter também participava do grupo ativista Stop the AIDs Now! e estava no voo MH17
Foto: Reprodução/Facebook
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A australiana Helena Sidelik voltava para o seu país após ir a um casamento em Amsterdã
Foto: Reprodução/Gold Coast Bulletin
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A malasiana Nur Shazana Mohamed Salleh era uma das comissárias de bordo do avião da Malaysia Airlines
Foto: Reprodução/Facebook
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O holandês Emiel Mahler ia para Kuala Lumpur, na Malásia, com a namorada
Foto: Reprodução/Facebook
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Gary Slok, 15 anos, era goleiro num time local de Maassluis, na Holanda; ele e sua mãe Petra van Langeveld iam para Kuala Lumpur em uma viagem para pais solteiros e seus filhos; o jovem jogador tirou um selfie com a mãe momentos antes do MH17 decolar
Foto: Reprodução/TheMirror
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A holandesa Tessa van der Sande trabalhava na Anistia Internacional da Holanda e estava no avião da Malaysia com outros membros de sua família; seu trabalho era focado na África
Foto: Reprodução/Facebook
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Entre as vítimas do MH17 estão os australianos Liam Davison, 56 anos, um escritor premiado, e sua mulher, Frankie, 54, que era professora de literatura
Foto: Reprodução/The Age
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Shuba Jaya, uma atriz de Kuala Lampur, e seu marido holandês Paul Goes; o casal estava no voo de volta para casa após terem levada o filha Kaela para os avôs paternos conhecerem
Foto: Reprodução/The Star Online
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Uma família de seis pessoas morreu na tragédia; Tambi Jiee e sua mulher, Ariza Ghazalee, viajavam com os filhos Muhammad Afif, Afruz Tambi, Marsha Azmeena e Muhammad Afzal da Europa para casa, em Kuala Lumpur; na foto, uma passagem da família pela Alemanha
Foto: Reprodução/Facebook
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O piloto de helicóptero Cameron Dalziel, que possuía dupla cidadania (britânica/sul-africana), trabalhava na Malásia e voltava para o país após uma conferência em Amsterdã; um colega disse que ele era um ótimo piloto de resgate
Foto: Reprodução/Twitter
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O advogado britânico John Allen era casado com a holandesa Sandra Martens, com quem tinha os filhos Christopher, Julian e Ian, todos holandesas; a família toda estava no MH17 indo passar férias na Indonésia
Foto: Reprodução/The Mirror/Universal News and Sport
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Único canadense no voo, Andrei Anghel, 24, era estudante de medicina e estava a caminho de Bali, na Indonésia, com a namorada alemã, Olga Ioppa
Foto: Reprodução/LinkedIn
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Bintiparawira Sitiamirah, também conhecida como Sri Siti Amirah, era mulher de Mohammad Omar, avô do primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak; ela estava em Amsterdã visitando familiares e iria para a Indonésia passar uma data comemorativa muçulmana
Foto: Reprodução/Twitter
Os últimos dos 227 caixões devem ser enviados à Holanda de Kharkiv, uma cidade que se encontra sob o controle do governo de Kiev, onde os ministros das Relações Exteriores holandês, Frans Timmersmans, e australiana, Julie Bishop, acompanharam na sexta-feira a cerimônia de partida dos restos.
Em terra, os combates prosseguiam em Donetsk e Lugansk, duas capitais regionais e redutos dos rebeldes.
Fortes explosões foram ouvidas nas últimas 24 horas nos confrontos em Lugansk, segundo as autoridades municipais. As forças ucranianas anunciaram ter perdido quatro homens.
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As autoridades anunciaram que um foguete antitanque foi disparado contra a casa do prefeito de Lviv, Andri Sadovyi, uma figura importante da contestação pró-europeia e contra o regime do presidente pró-russo Viktor Yanukovytch, destituído em fevereiro. A casa estava vazia naquele momento, já que o prefeito estava de férias com sua família.
Em um claro sinal de que os problemas políticos do país preocupam em nível internacional, tanto a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, quanto o vice-presidente americano, Joe Biden, falaram por telefone com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, na sexta-feira.
Em sua conversa com Lagarde, Poroshenko "garantiu que a Ucrânia está disposta a cumprir com todas as suas obrigações" acordadas em conformidade com o programa de ajuda à Ucrânia de 17 bilhões de dólares (12,7 bilhões de euros) concedido pelo FMI no fim de abril.
Mais de 1.000 pessoas morreram no leste da Ucrânia desde o início das hostilidades, em abril, incluindo os passageiros e tripulantes do avião da Malaysia Airlines.
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Cerca de 230.000 pessoas fugiram de seus lares, 100.000 deslocados encontram-se na Ucrânia e outros 130.000 fugiram para a Rússia, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.
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