Dançarina confirma que era amante de capitão do Costa Concordia

Domnica Cemortan disse à Justiça que jantava com o comandante Francesco Schettino na noite do naufrágio

29 out 2013 - 18h34
(atualizado às 18h34)
Domnica Cemortan deixa o Teatro Moderno, em Grosseto, onde ocorre o julgamento do capitão Schettino
Domnica Cemortan deixa o Teatro Moderno, em Grosseto, onde ocorre o julgamento do capitão Schettino
Foto: AP

Domnica Cemortan, uma jovem dançarina moldava, confirmou nesta terça-feira ter sido amante de Francesco Schettino, comandante do transatlântico naufragado Costa Concordia, e que estava na ponte de comando no momento do acidente.

"Sim, mantive um relacionamento com Francesco Schettino, mas depois do naufrágio eu não o vi mais", declarou a jovem ao tribunal de Grosseto, onde acontece o julgamento do ex-comandante. As informações são da imprensa italiana. A jovem loira reconheceu ter sido convidada para o cruzeiro. "Quando você é a amante de alguém, não te pedem bilhete", declarou.

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Seu depoimento constrangeu Francesco Schettino, um homem casado, que responde na Justiça pelo naufrágio perto da ilha toscana de Giglio em janeiro de 2012, que deixou 32 mortos.

Ao explicar em detalhes os acontecimentos que antecederam o acidente, Domnica Cemortan afirmou que jantava com o comandante e que, no momento da sobremesa, eles subiram para a ponte de comando para acompanhar a aproximação do navio da ilha de Giglio.

"Tudo parecia normal, eu não consegui ver nada porque estava muito escuro. Em um certo momento um oficial se confundiu ao executar uma ordem. Ele (Schettino) criticou o oficial e repetiu a ordem. Alguns minutos depois aconteceu o que aconteceu. Eu não senti o impacto, mas vi as luzes de emergência acenderem", disse, segundo o jornal La Repubblica.

Na noite de 13 de janeiro de 2012, o Costa Concordia, um transatlântico que navegava muito próximo à costa, se chocou contra as rochas e naufragou a dezenas de metros de Giglio com 4.229 pessoas a bordo.

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Francesco Schettino, "o homem mais odiado da Itália" após o naufrágio, foi indiciado por homicídio por imprudência, abandono de navio e danos ao meio ambiente. Seu julgamento começou em meados de julho e deve durar meses com depoimentos de centenas de testemunhas.

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