Dinamarca: ataque a local de debate sobre Islã deixa 1 morto

No debate, em Copenhague, estava o autor das charges do profeta Maomé, o cartunista sueco Lars Vilks, que vive sob proteção policial. A polícia acredita que o ataque teve como alvo controverso o cartunista

14 fev 2015 - 15h36
(atualizado em 15/2/2015 às 07h19)
<p>Os dois suspeitos do atentado conseguiram fugir. Eles não conseguiram entrar no prédio e fizeram os disparos do lado de fora</p>
Os dois suspeitos do atentado conseguiram fugir. Eles não conseguiram entrar no prédio e fizeram os disparos do lado de fora
Foto: Mathias Oegendal/ Scanpix Denmark/ AFP / AFP

A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, classificou neste sábado (14) o atentado de Copenhague, na manhã de hoje que matou um homem de 40 anos e feriu três policiais, como um “ataque terrorista”. 

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Segundo a polícia dinarmaquesa, um homem, que já foi identificado, fez diversos disparos contra um centro cultural onde acontecia um debate público sobre o islamismo e a liberdade de expressão. No debate estavam o embaixador da França François Zimeray e o cartunista sueco Lars Vilks, conhecido por ter publicado em 2007 caricaturas onde ridiculizava Maomé. Ele vive sob proteção policial desde então. Segundo a polícia, o ataque teve como alvo  controverso o cartunista.

A primeira-ministra da Dinamarca disse que o país está em alerta máximo após o ataque. "Nós temos certeza agora que aquilo foi um ataque politicamente motivado e, assim, foi um ataque terrorista. Estamos em estado de alerta em todo o país", disse ela a repórteres perto do local do atentado.

A polícia havia informado que eram dois atiradores, porém, depois divulgou que apenas um homem participou do ataque. A foto do suspeito foi divulgada na internet e mostra um homem usando uma jaqueta escura e um boné. O carro usado na fuga do suposto autor do tiroteio foi encontrado vazio perto do local do ataque, anunciou a polícia no Twitter.

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, condenou com o maior rigor o que chamou de ataque terrorista.

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"Um ataque terrorista teve como alvo uma reunião pública em Copenhague, onde participava o embaixador da França na Dinamarca. Condeno com a maior firmeza este atentado. A França está ao lado das autoridades e do povo dinamarquês na luta contra o terrorismo", declarou o ministro em um comunicado.

O embaixador francês informou em seu Twitter que saiu ileso.

"Dispararam do lado de fora. Tinham o mesmo objetivo que o ataque à Charlie Hebdo, mas não conseguiram entrar", informou ainda, contatado enquanto estava no interior do prédio.

Ele se referia ao ataque jihadistas de janeiro contra a revista satírica Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos.

"Intuitivamente diria que foram ao menos 50 disparos, e os policiais dizem que foram 200. As balas passaram através das portas e todos se jogaram ao chão", afirmou. Ele ainda acrescentou  "Conseguimos fugir do salão, e agora continuamos no interior porque a situação é crítica. Os agressores não foram presos, podem continuar na área."

Investigação

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A polícia dinamarquesa investiga o atentado contra o centro cultural como um "ato terrorista", disse aos jornalistas Jorgen Skov, porta-voz da polícia, neste sábado.

Os policiais vasculharam a área em busca de provas.

A polícia disse ainda que os seguranças do artista sueco ficaram ao lado de Vilks no momento do tiroteio.

Autoridades do sul da Suécia disseram que estavam ajudando a polícia dinamarquesa. A Suécia se une à Dinamarca por ponte, e de trânsito praticamente não tem fiscalização.

Com informações da Reuters e Agência Brasil

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