A Dinamarca anunciou nesta quinta-feira um pacote de US$ 150 milhões para fortalecer os serviços de polícia e inteligência, uma medida anunciada após os tiroteios fatais ocorridos em Copenhague no fim de semana, mas que já vinha sendo preparada em resposta aos ataques mortais de islamitas em Paris no mês passado.
Das 970 milhões de coroas dinamarquesas em novos gastos, 415 milhões de coroas serão destinadas à coleta de informações sobre ameaças terroristas estrangeiras. Cerca de 350 milhões de coroas vão ser direcionadas aos serviços de segurança para que monitorem e respondam a emergências e melhorem sua tecnologia de informação.
Partidos de oposição elogiaram o anúncio, mas disseram que, uma vez que as medidas foram lançadas em resposta aos assassinatos de 17 de janeiro em Paris, não tiveram sucesso em atender às preocupações decorrentes dos ataques do último fim de semana em Copenhague, no qual duas pessoas foram mortas a tiros numa sinagoga e num evento em defesa à liberdade de expressão.
A mídia dinamarquesa citou policiais que afirmaram estarem mal-equipados e treinados para lidar adequadamente com os tiroteios que duraram 13 horas, da tarde de sábado até a manhã de domingo. Cinco policiais ficaram feridos.
A polícia foi mobilizada para caçar o agressor, um homem de 22 anos chamado Omar Abdel Hamid El-Hussein, com coletes à prova de balas inadequados. Os agentes precisaram disparar mais de 30 tiros para matá-lo, noticiou a mídia local.
“Após os eventos do fim de semana, podemos ver que existem mais desafios relacionados a equipamento, coletes à prova de balas para policiais e treinamento”, disse Lars Lokke Rasmussen, líder do Partido Liberal, de oposição, a jornalistas.