Embaixador deve representar Dilma em marcha em Paris

"O pensamento de meu governo estará convosco", declarou a presidente por meio de comunicado

10 jan 2015 - 12h08

A presidente Dilma Rousseff voltou a prestar solidariedade aos franceses pelos atentados que chocaram o país esta semana. Em um comunicado oficial emitido neste sábado, Dilma manifestou sua "esperança de que a grande comoção que esses acontecimentos provocaram na França e no mundo seja o melhor antídoto contra futuros atos de intolerância e barbárie" .

Líderes mundiais confirmam presença em manifestação em Paris
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A presidente pediu ao embaixador do Brasil na França, José Bustani, que seja seu representante pessoal na manifestação convocada para domingo e que deve homenagear as vítimas dos atentados terroristas cometidos contra a revista de humor Chalie Hebdo e um mercado judaico no leste de Paris.

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"Estou segura de que muitos brasileiros que vivem na França estarão presentes à grande Marcha Republicana de domingo", e completou, "O pensamento de meu governo estará convosco".

Atentados, assassinatos, sequestros e perseguições em Paris

A sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, foi alvo de um ataque que matou 12 pessoas no dia 7 deste mês. De acordo com testemunhas, dois homens encapuzados invadiram a redação armados de fuzis e, enquanto atiravam nas pessoas que trabalhavam no local, gritaram “vamos vingar o profeta” e Allah akbar (Alá é grande). O semanário já havia sofrido diversas ameaças por publicar charges e caricaturas da figura religiosa de Maomé.

O atentado causou comoção no mundo todo. Manifestações foram organizadas com cartazes escritos "je suis Charlie" (Sou Charlie) e mãos empunhando lápis, o material de trabalho dos quatro cartunistas mortos no episódio.

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Cidades da França entraram em alerta máximo para ataque terrorista e 88 mil homens das forças de segurança iniciaram uma caçada aos envolvidos no atentado. Nove pessoas foram presas no dia seguinte. Os irmãos nascidos em Paris e de pais argelinos Cherif Kuachi, 32 anos, e Said Kuachi, de 34, foram identificados como os autores dos disparos. O primeiro já havia sido condenado, em 2008, por ter atuado num grupo que enviava jihadistas ao Iraque.

Nesta sexta-feira (9), a polícia fechou o cerco após os dois irmãos, que estavam foragidos, roubarem um carro e invadirem uma fábrica na cidade de Dammartin-en-Goële, ao norte de Paris, onde mantiveram um refém. Ao mesmo tempo, no leste de Paris, o casal Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly mataram três pessoas em um mercado judaico e fizeram outras dez reféns.

Coulibaly, que conheceria um dos irmãos Kuachi, foi identificado pela polícia como o autor dos disparos que mataram uma policial na periferia de Paris no dia anterior.

Após horas de negociações, ambos os lugares foram invadidos pela polícia. Em Dammartin-en-Goële, os irmãos foram mortos e o refém liberado. No mercado, um sequestrador foi morto, assim como um refém, e a outra terrorista permanece foragida. 

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Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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