Ao todo, 101 estudantes vindos da África Ocidental estão sob vigilância médica na Rússia para excluir a possibilidade de casos de infecção pelo vírus do ebola, informou nesta sexta-feira a chefe do Departamento de Saúde e Consumo russo, Anna Popova.
"No dia de hoje, dos 451 estudantes que foram controlados de maneira ambulatória, 101 estão em observação", disse Anna, citada pela agência de notícias "Interfax".
Ela acrescentou que 16 pessoas foram hospitalizadas preventivamente, mas destacou que as análises descartaram que estivessem infectadas com o vírus do ebola.
"Adotamos medidas para impedir a entrada (de vírus) e sua propagação", disse ela.
De acordo com Anna, com os elevados níveis de migração da população mundial não se pode excluir a chegada destas doenças infecciosas a nenhum país. Ela afirmou que os surtos de febre hemorrágica provocada pelo ebola, que causou mais de quatro mil mortes na África Ocidental, podem ser localizados.
"Nossos cientistas nos informam que podemos deixar o surto localizado", explicou.
Segundo a chefe do departamento, este processo pode ser realizado com "os métodos e meios epidemiológicos frequentes".
"O vírus que se observa atualmente na África Ocidental não se caracteriza por sua rápida propagação nas comunidades, mas por ser altamente contagioso quando entra em contato com a pele", disse Anna.
Esta propriedade do ebola, acrescentou, é a que precisamente provoca o elevado nível de contágio entre as equipes médicas.