EUA e Europa entram em acordo para ampliar sanções à Rússia

Novas sanções, que Obama e líderes de Alemanha, Grã-Bretanha, França e Itália discutiram, têm o objetivo de aumentar a pressão sobre o presidente russo

28 jul 2014 - 20h36
Destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu perto de Grabovo, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia. 26/07/2014
Destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu perto de Grabovo, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia. 26/07/2014
Foto: Sergei Karpukhin / Reuters

Líderes norte-americanos e europeus concordaram nesta segunda-feira em impor sanções mais abrangentes aos setores financeiro, de defesa e energia da Rússia, enquanto a Ucrânia disse que suas forças se aproximaram do local da queda do avião da Malaysia Airlines.

As novas sanções, que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e líderes de Alemanha, Grã-Bretanha, França e Itália discutiram em uma teleconferência, têm o objetivo de aumentar a pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin, depois que o avião malaio foi abatido no leste ucraniano, um território controlado por rebeldes pró-Moscou.

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“É precisamente porque ainda não vimos uma mudança estratégica de Putin que acreditamos ser absolutamente essencial adotar medidas adicionais, e é o que os europeus e os EUA pretendem fazer esta semana”, declarou o conselheiro de segurança de Obama, Tony Blinken.

A queda da aeronave no começo deste mês levou a pedidos de ações muito mais severas contra a Rússia por parte de países ocidentais que já haviam aplicado sanções contra o país, mas somente a um pequeno número de indivíduos e empresas.

Estados-membros da União Europeia devem chegar a um acordo final sobre medidas mais duras até terça-feira, que incluirão o fechamento dos mercados de capital do bloco aos bancos estatais russos, um embargo a futuras vendas de armas e restrições à tecnologia de energia ou que possa ser usada para defesa.

Em Bruxelas, fontes da UE disseram que os diplomatas alcançaram um acordo preliminar sobre uma nova lista de empresas e pessoas, incluindo associados de Putin, que terão seus bens congelados.

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Os países ocidentais acreditam que os rebeldes abateram o voo MH17 da Malásia, matando as 298 pessoas a bordo, usando um míssil fornecido pela Rússia.

“As informações mais recentes da região sugerem que, desde que o voo MH17 foi derrubado, a Rússia continua a transferir armas através da fronteira e a prover apoio prático para os separatistas", afirmou uma declaração emitida pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, após a teleconferência.

Também nesta segunda-feira, o governo ucraniano informou que suas tropas recuperaram mais territórios dos rebeldes e que estão avançando em direção ao local do acidente aéreo, que investigadores internacionais disseram não poder alcançar por causa dos combates na região.

As tropas recapturaram duas cidades tomadas pelos separatistas perto da área da queda do avião e tentam retomar o vilarejo de Snezhnoye, perto de onde Kiev e Washington afirmam que os rebeldes dispararam o míssil terra-ar que derrubou a aeronave comercial, declararam autoridades ucranianas.

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