EUA impõe sanções contra 11 russos e ucranianos após referendo

O pacote de sanções constitui a mais grave confrontação entre Estados Unidos e Rússia desde o fim da Guerra Fria

17 mar 2014 - 12h20
(atualizado às 12h27)
O presidente americano impôs sanções a 11 russos e ucranianos relacionados à crise na Ucrânia nesta segunda-feira
O presidente americano impôs sanções a 11 russos e ucranianos relacionados à crise na Ucrânia nesta segunda-feira
Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decretou nesta segunda-feira sanções contra 11 altos funcionários russos e ucranianos, incluindo o ex-presidente da Ucrânia, Viktor Yanokovytch, em represália pelo referendo de anexação da Crimeia à Rússia.

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O congelamento de ativos nos Estados Unidos afetará o vice-primeiro-ministro russo Dmitri Rogozin, a presidente do Conselho da Federação (câmara alta do Parlamento), Valentina Matvienko, dois assessores do presidente Vladimir Putin, Vladislav Surkov e Sergei Glaziev, e dois legisladores da Duma.

Entre os ucranianos, Washington decidiu aplicar sanções contra o ex-presidente pró-Moscou Yanukovytch, um de seus auxiliares e dois ativistas separatistas da Crimeia.

O pacote de sanções constitui a mais grave confrontação entre Estados Unidos e Rússia desde o fim da Guerra Fria, e acontece no momento em que a Crimeia adota passos concretos para unir-se à Rússia um dia depois de um referendo que os países ocidentais consideram ilegítimo.

O anúncio das sanções americanas foi feito pouco depois da divulgação pela União Europeia de sanções contra 21 personalidades ucranianas e russas, consideradas responsáveis pela situação na Crimeia.

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A UE decidiu restringir os vistos e congelar os bens em território comunitário destas pessoas, segundo informou pelo Twitter o ministro lituano das Relações Exteriores, Linas Linkevicius, adiantando que mais medidas serão tomadas nos próximos dias.

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Em uma conversa telefônica com Putin, Obama antecipou neste domingo que seu país e seus parceiros europeus estavam "preparados" para sancionar Moscou e alertou que os exercícios militares russos nas fronteiras da Ucrânia "somente exacerbam a tensão".

Com informações da EFE e Reuters. 

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