Europa confirma 1º caso de contágio por ebola fora da África

Enfermeira da Espanha foi contaminada com o vírus após tratar uma pessoa diagnosticada com ebola em Madri

6 out 2014 - 16h11
(atualizado às 16h42)
Agentes de saúde usam proteção para Ebola em Monróvia, capital da Libéria, em 30 de setembro de 2014.
Agentes de saúde usam proteção para Ebola em Monróvia, capital da Libéria, em 30 de setembro de 2014.
Foto: Christopher Black / Reuters

Uma enfermeira da Espanha que tratou uma pessoa diagnosticada com ebola em Madri foi contaminada com o vírus e se tornou a primeira a contrair a doença fora da África, afirmaram nesta segunda-feira autoridades de saúde espanholas.

O resultado da enfermeira deu positivo para ebola em dois testes separados, segundo relatórios.

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Ela fez parte da equipe que tratou o padre espanhol Manuel Garcia Viejo, que morreu de ebola no último dia 25 de setembro.

O padre morreu no hospital Carlos 3º de Madri depois de contrair ebola em Serra Leoa. Outro padre espanhol, Miguel Pajares, morreu em agosto após contrair o vírus na Libéria.

A enfermeira foi hospitalizada na manhã desta segunda-feira com sintomas de febre alta, informou o jornal espanhol El País.

Segundo a reportagem, os médicos isolaram o setor de emergência do hospital, onde ela está sendo tratada.

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Estados Unidos

Nos Estados Unidos, as autoridades de saúde anunciaram que cogitam submeter a checagens adicionais nos aeroportos os passageiros que desembarcar vindos de países afetados pela epidemia de ebola no oeste da África.

E esta é apenas uma das opções sendo analisadas pelo governo americano para tentar deter o contágio pela doença, depois de registrar o primeiro caso confirmado de ebola no país. O vírus foi encontrado na semana passada em um liberiano na cidade de Dallas, no Estado do Texas.

Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, afirmou que "uma discussão (sobre o assunto) está ocorrendo agora" para analisar todas as opções para conter o vírus.

A respeito das chegagens em aeroportos Fauci disse à rede de TV CNN que a questão é se "o nível extra de checagem vai valer a pena (em relação) aos recursos que você coloca nisto".

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Os passageiros que saem dos países afetados já têm que ter a temperatura checada ao chegar nos Estados Unidos. As pessoas infectadas não transmitem o vírus a não ser que já demonstrem os sintomas da doença.

O liberiano diagnosticado com ebola em Dallas, Thomas Eric Duncan, foi monitorado para os sintomas quando saiu da Libéria, mas só desenvolveu a doença quatro dias depois, quando já estava em solo americano.

Duncan está em estado crítico em um hospital da cidade.

Dez pessoas tiveram contato direto com ele e estão sendo monitoradas, mas nenhuma delas apresentou sintomas da doença.

Sem proibições a voos

Quando questionado sobre as checagens para detectar a doença nos aeroporto, Tom Frieden, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças afirmou que as autoridades estão "analisando todas as opções para proteger os americanos".

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Mas ele descartou a proibição do pousos nos Estados Unidos de voos vindos das regiões afetadas pois, para ele, isolar estes países apenas os prejudicaria.

Frieden também repetiu que não acredita que o ebola vai se espalhar pelos Estados Unidos.

Uma pesquisa nacional feita pelo Centro de Pesquisas Pew tanmbém indica que os americanos confiam que o governo vai conseguir deter uma epidemia no país.

Cerca de 3,4 mil pessoas já morreram por causa da doença, principalmente no oeste da África.

O ebola se espalha rapidamente por meio de contato com fluidos corporais de alguém que tenha o vírus. A única forma de conter a epidemia é isolar os infectados.

Até agora, já foram confirmados oficialmente cerca de 7,5 mil casos da doença. Autoridades afirmam, entretanto, o que o número real pode ser muito maior.

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Guiné, Serra Leoa e Libéria foram os países mais atingidos até agora.

Foto: Arte Terra

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