Eutanásia: entidade ajudou 459 pessoas a morrer em 2013

A organização de assistência ao suicídio Exit recebeu mais de 2 mil solicitações de pessoas pedindo ajuda para morrer, um aumento de 18% em relação a 2012

31 mar 2014 - 15h03
(atualizado às 16h34)
<p>A máxima instância judicial da Suíça estabeleceu, em 2006, que toda pessoa com capacidade de discernimento tem o direito de decidir como morrer</p>
A máxima instância judicial da Suíça estabeleceu, em 2006, que toda pessoa com capacidade de discernimento tem o direito de decidir como morrer
Foto: Getty Images

A organização suíça de assistência ao suicídio Exit ajudou 459 pessoas a morrerem em 2013, uma centena a mais do que no ano anterior, segundo seu relatório anual publicado nesta segunda-feira.

A entidade privada recebeu no ano passado mais de 2 mil solicitações de pessoas pedindo ajuda para morrer, o que significou um aumento anual de 18%.

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Também aumentou o número de filiados à Exit, que, com 8 mil novos sócios, passou a somar 70 mil membros, residentes na ampla maioria nas regiões de fala italiana e alemã da Suíça, principalmente nas cidades de Zurique, Basileia e Berna.

Seis em cada dez membros são mulheres e a idade média é superior aos 60 anos, embora entre os novos membros baixa aos 50 anos.

A organização, que estudou as razões do significativo aumento de seus membros e dos pedidos de assistência à morte em 2013, afirmou que os principais motivos são um maior conhecimento de sua existência entre a opinião pública e o envelhecimento da população.

As pessoas que mais optam pelo suicídio são os pacientes terminais de câncer e que sofrem doenças degenerativas, especialmente nos casos em que o enfermo tem idade avançada ou sofre dor crônica.

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De acordo com o relatório da entidade, a média de idade das pessoas que procuram a Exit subiu de 74 para 77 anos.

Conforme os protocolos da organização, a morte é induzida através de dose letais de barbitúricos prescritos por um médico por via oral ou intravenosa - o que deve ser feito de forma consciente pela pessoa que decide morrer.

A máxima instância judicial da Suíça, a Corte Federal, estabeleceu, em 2006, que toda pessoa com capacidade de discernimento - independentemente de sofrer uma doença mental - tem direito a decidir como morrer.

  
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