Família de Jean Charles levará caso a tribunal europeu

Apesar de apelos da família, promotores afirmaram não haver evidências suficientes para processar os envolvidos

10 jun 2015 - 07h38
(atualizado às 08h03)
Memorial de Jean Charles na entrada da estação de metrô de Stockwell, em Londres, onde foi morto pela polícia britânica
Memorial de Jean Charles na entrada da estação de metrô de Stockwell, em Londres, onde foi morto pela polícia britânica
Foto: Wikipédia

A família do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto há 10 anos pela polícia de Londres ao ser confundido com um homem-bomba, vai apresentar uma ação criminal em um tribunal europeu nesta quarta-feira contra os oficiais envolvidos na operação.

Jean Charles recebeu sete tiros na cabeça quando embarcava no metrô na estação de Stockwell, no sul de Londres, no dia 22 de julho de 2005.

Publicidade

Siga o Terra Notícias no Twitter

A operação policial ocorreu um dia depois de um atentado contra a rede de transporte da capital britânica ter sido abortado. A polícia confundiu o brasileiro com Hussein Osman, um dos quatro militantes islâmicos que planejaram o ataque.

O serviço de segurança britânico estava sob o mais alto nível de alerta já que duas semanas antes quatro muçulmanos britânicos tinham matado 52 pessoas e a si próprios em explosões no ataque mais mortal de tempos de paz na Grã-Bretanha.

"Durante 10 anos a família vem lutando por justiça para Jean, porque acreditamos que os oficiais da polícia têm que ser julgados pela morte dele", disse Patrícia Armani Da Silva, prima de Jean Charles, em comunicado.

Publicidade

"A morte de Jean é uma dor que nunca vai embora", completou.

Apesar dos repetidos apelos por parte da família para que os oficiais envolvidos sejam condenados, promotores afirmaram não haver evidências suficientes para processar os envolvidos.

Conservadores vencem eleições britânicas
Video Player
Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações