O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quinta-feira que chegou a um acordo para emprestar de US$ 14 bilhões a US$ 18 bilhões à Ucrânia, negócio que irá desbloquear créditos e que pode alcançar um total de US$ 27 bilhões nos próximos dois anos, de acordo com a agência Reuters.
“A missão chegou a um acordo com as autoridades da Ucrânia sobre um programa de reformas econômicas que pode ser suportado por um acordo de dois anos com o FMI”, disse o órgão em comunicado.
O acordo deve ajudar o país europeu a cumprir com suas obrigações financeiras depois de meses de protestos contra o governo que terminaram com a saída do presidente Viktor Yanukovich e um conflito com a Rússia pela região da Crimeia.
A ajuda do FMI, que tenta salvar o país da quebra, será aprovada quando a Ucrânia adotar as medidas solicitadas em contrapartida, afirmou o chefe da delegação enviada a Kiev, Nikolai Gueorguiev. "Esperamos fazer isto até o fim de abril para a primeira parcela", disse Gueorguiev.
“Após a intensa turbulência econômica e política dos meses recentes, a Ucrânia atingiu alguma estabilidade, mas enfrenta desafios difíceis”, disse a nota do fundo monetário.
Entre as medidas pedidas, o representante do FMI mencionou a reforma da tarifa do gás e a flexibilização da taxa de câmbio. Ele também citou um aumento necessário da ajuda aos mais desfavorecidos e as reformas destinadas a lutar contra a corrupção, com o objetivo de estabelecer as bases de um crescimento sustentável.
Sobre a energia, o representante do FMI afirmou que não é possível continuar financiando novas perdas, em referência aos subsídios ao preço do gás praticados na Ucrânia. No que diz respeito às pensões e salários dos funcionários públicos, o governo decidiu anular os aumentos previstos.
O acordo da Ucrânia com o FMI era crucial porque tanto a União Europeia como os Estados Unidos o condicionavam ao plano de ajuda.
Com informações da agência AFP