A operação para desmontar o acampamento de imigrantes de Calais começou nesta terça-feira com a demolição de parte dos barracos usados pelos refugiados. Por enquanto, os trabalhos se limitaram à demolição das estruturas, à espera da chegada de escavadeiras nos próximos dias.
O acampamento de Calais, o maior da França, vive nesta terça-feira seu segundo dia de retirada dos migrantes, que começou com relativa calma e longas filas no centro de registro dos refugiados.
A pressa de alguns dos migrantes provocou certa confusão nas primeiras horas, com alguns empurrões na fila de espera, mas a situação foi controlada por voluntários de associações humanitárias presentes.
As portas do centro abriram por volta das 8h locais (4h de Brasília) e, em apenas uma hora, partiu o primeiro ônibus rumo a um dos 450 centros de acolhimento distribuídos por todo o território francês.
De acordo com associações humanitárias, há aproximadamente 2 mil migrantes que não querem deixar o acampamento, um número que o governo considera "infundado".
Agentes oficiais e de associações humanitárias vêm tentando convencer estas pessoas nos últimos dias para que deixem o acampamento de Calais e se dirijam a um dos centros de acolhimento propostos, onde poderão ser tratados melhor.
No entanto, muitos desses migrantes querem permanecer próximo dessa cidade, de onde saem os trens e balsas rumo ao Reino Unido, o destino que querem chegar.
Ontem, cerca de 3.500 pessoas foram levadas a centros de orientação e amparo espalhados por todo território da França. O número equivale a mais da metade dos integrantes que o governo calcula morar nesse acampamento.