França e Itália pedem que Europa salve Líbia do EI

Países querem prioridade de ação no país ameaçado pelo Estado Islâmico

24 fev 2015 - 14h58
(atualizado às 15h00)
<p>Familiares dos 27 cristãos egípcios sequestrados na Líbia pedem a libertação deles, no Cairo, Egito, na semana passada. O Estado Islâmico divulgou um vídeo mostrando a execução de 21 egípcios cristãos capturados na Líbia</p>
Familiares dos 27 cristãos egípcios sequestrados na Líbia pedem a libertação deles, no Cairo, Egito, na semana passada. O Estado Islâmico divulgou um vídeo mostrando a execução de 21 egípcios cristãos capturados na Líbia
Foto: Mohamed Abd El Ghany / Reuters

O presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, tiveram um encontro bilateral em Paris nesta terça-feira (24) e pediram que Líbia seja o tema central das reuniões do continente.

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"O tema Líbia não é só um tema italiano, mas uma prioridade para toda a Europa e para o Mediterrâneo, que não pode ser um cemitério, nem uma periferia, mas sim o coração do nosso continente", afirmou Renzi.

Porém, apesar do pedido, o premier destacou que "uma intervenção da ONU" na Líbia, "com uma operação de paz, não está na ordem do dia". Hollande complementou dizendo que "são os grupos terroristas que fazem o tráfico" de seres humanos e que "pedimos à Europa que reforce a Triton" - a ação no Mar Mediterrâneo que controla as fronteiras marítimas.

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A Líbia enfrenta, além da crise política, a invasão do grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis). A preocupação dos italianos com sua ex-colônia tem a ver com o fato da nação estar a apenas 350 quilômetros da ilha de Lampedusa, na Itália.

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Economia

Ao falar da economia, os dois líderes ressaltaram a importância da união entre eles. "É muito importante mostrar uma vontade comum entre Itália e França. Vontade de crescimento, de investimentos, de reformas estruturais. Elas já existem na Itália, e as acolhemos positivamente, existem na França e continuaremos a fazer", ressaltou o mandatário.

Segundo o italiano, graças à união entre os dois países, a "palavra crescimento não é mais uma falácia, mas um objetivo claro e chave para o continente". Ele acrescentou ainda que "o cenário internacional é profundamente interessante" e que se o continente "der o tempo para o crescimento se desenvolver, a Europa tem a possibilidade e voltar a ser o que era".

Fonte: ANSA Brasil
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