O líder do principal partido de oposição na França, o UMP, Jean-François Copé, concordou nesta terça-feira em deixar seu cargo em meio a alegações de fraude no financiamento partidário, segundo representantes da legenda, o que provocou uma corrida pela vaga do partido conservador na disputa da eleição presidencial de 2017.
Fora o ex-presidente Nicolas Sarkozy, grandes concorrentes na legenda incluem o ex-premiê François Fillon, de centro, e Alain Juppé, cujos esforços como primeiro-ministros nos anos 1990 para reformar o Estado de bem-estar francês levaram a semanas de protestos nas ruas.
Representantes do UMP disseram que os líderes partidários concordaram em colocar uma equipe temporária para liderar o partido, composta por Fillon, Juppé e Jean-Pierre Raffarin, outro ex-premiê, até a escolha do novo líder, prevista para outubro.
As finanças do partido foram submetidas a um investigação legal após alegações no começo deste ano de que uma companhia de eventos contratada para a candidatura de reeleição de Sarkozy, em 2012, foi contratada por representantes do partido para produzir ordens de pagamento falsas no valor de milhões de euros, a fim de cobrir o excesso de custo da campanha.
Copé, que era secretário-geral do partido na época, repetidamente alegou não ter conhecimento de qualquer ilegalidade, mas enfrentou crescente pressão de membros do partido para sair do cargo.