Os líderes do G7, reunidos na cidade italiana de Taormina, disseram nesta sábado (27) estar preparados para adotar "mais ações restritivas" contra a Rússia caso o país não implemente os acordos de Minsk sobre o cessar-fogo na Ucrânia.
"Estamos preparados para tomar mais medidas restritivas para aumentar os custos na Rússia se as suas ações assim pedirem", diz a declaração final assinada pelo grupo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
O grupo se mostrou de acordo em não suspender as sanções já impostas a Moscou por não aplicar estes pactos, assinados no início de 2015 para pacificar o leste separatista da Ucrânia, e assegurou que "poderão ser retiradas quando a Rússia cumprir com sua palavra".
"Manifestamos que a duração das sanções está claramente vinculada à completa implementação por parte da Rússia dos Acordos de Minsks e o respeito da soberania da Ucrânia", detalha a declaração.
O texto também menciona a "responsabilidade da Rússia no conflito", ressalta o papel que deve "exercer para restaurar a paz e a estabilidade" e condena "a anexação ilegal" da peninsula da Crimeia em 2014.
O grupo das sete economias mais avançadas do mundo confirma que "não reconhece" tal anexação e expressou "apoio completo à independência territorial, à integridade e à soberania da Ucrânia".
A Rússia participou durante anos do G7 (então denominado G8), mas foi excluída em 2014, após anexar a península ucraniana da Crimeia, motivo pelo qual em julho desse ano também foram impostas sanções ao país.