Os países que integram o G7 concordaram nesta sexta-feira com a imposição "urgente" de novas sanções à Rússia pelo fato de Moscou não ter encerrado seu apoio às milícias pró-russas no leste da Ucrânia e para garantir eleições pacíficas na ex-república soviética no dia 25 de maio, informou a Casa Branca em comunicado.
Em declaração conjunta, os países do G7 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Alemanha, Canadá e Japão) anunciaram seu compromisso para "agir urgentemente e intensificar as sanções e outras medidas para aumentar os custos das ações russas".
Apesar de os sete membros do grupo agirem de forma coordenada, cada país determinará que sanções serão impostas sem que tenham que ser idênticas, informou aos jornalistas um funcionário do alto escalão do governo americano que preferiu manter o anonimato.
As sanções dos Estados Unidos podem começar a ser aplicadas já na próxima na segunda-feira, de acordo com a mesma fonte.
"Concordamos que nos movimentaremos rapidamente para impor sanções adicionais à Rússia. Apesar de continuarmos preparando e coordenando sanções mais amplas, enbfatizamos que a porta continua aberta para uma solução diplomática para esta crise sobre as bases do acordo de Genebra. Pedimos que a Rússia se junte a nós no compromisso por esse caminho", acrescentou a declaração.
Os responsáveis pelas Relações Exteriores de EUA, Rússia, União Europeia (UE) e Ucrânia selaram um acordo no dia 17 de abril no qual concordaram com a dissolução das milícias irregulares pró-russas que se levantaram contra o governo ucraniano em troca de promessas de anistia e mais autonomia para as regiões do leste da Ucrânia, cuja maioria da população é falante de russo.
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No entanto, EUA, Ucrânia e UE consideram que a Rússia não está dando passos para cumprir com o acordo e por isso decidiram aumentar a pressão sobre o Kremlin com novas sanções.
"A Rússia não tomou ações concretas dentro do acordo de Genebra. Não apoiou publicamente o acordo, não condenou os atos dos pró-separatistas que querem desestabilizar a Ucrânia, nem pediu às milícias que deixem os edifícios do governo que ocuparam", argumentaram os líderes dos países do G7 em sua declaração desta sexta-feira.
"Por outro lado, a Rússia continuou aumentado a tensão com sua retórica preocupante e o aumento de suas manobras militares na fronteira ucraniana", acrescentam.
Além disso, o G7 insistiu em condenar a anexação "ilegal" da Crimeia por parte da Rússia e advertiu que continuarão com as consequências por essa ação, "que incluem, mas não se limitam às áreas econômicas, de comércio e financeiras".