O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disseram que Moscou deve reconhecer Petro Poroshenko, que será empossado como presidente no sábado.
Os líderes do G7 reunidos em Bruxelas disseram estar unidos no apoio a Poroshenko.
Depois, em Paris, Cameron se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, para transmitir um "grupo de mensagens bem claras e firmes". A reunião ocorreu em uma área de alfândega do aeroporto Charles de Gaulle.
Este foi o primeiro encontro de Putin com um líder do Ocidente desde o início da crise na Ucrânia.
"O status quo, a situação hoje, não é aceitável e precisa mudar", disse Cameron.
"Precisamos que os russos reconheçam propriamente e trabalhem com este novo presidente. Precisamos aliviar a crise, precisamos impedir que armas e pessoas cruzem a fronteira. Precisamos de ação nestas frentes".
Depois, Putin se reuniu com o presidente francês, Francois Hollande, em um jantar. De acordo com a imprensa russa, nenhum anúncio foi feito depois do encontro. Hollande deveria se reunir com Obama em outro jantar.
Putin não descartou se reunir com Poroshenko na cerimônia que marcará o 70º aniversário do Dia D na Normandia na sexta-feira.
Não há um encontro agendado entre Putin e Obama, que também estará na cerimônia.
Enquanto isso, confrontos continuaram no leste da Ucrânia, com relatos de um ataque em um posto de fronteira na região de Donetsk.
O ataque ocorreu um dia após rebeldes terem tomado o controle de uma base de fronteira na região de Luhansk após dias de combates.
Em entrevista coletiva conjunta com Cameron em Bruxelas, Obama disse que a Rússia deveria aproveitar a oportunidade oferecida pela mudança de governo em Kiev, e se preparar para enfrentar sanções se a situação continuar a se deteriorar.
"A Rússia precisa reconhecer que o presidente-eleito Poroshenko é o líder legítimo da Ucrânia e se relacionar com o governo em Kiev", disse ele.
"Dada a sua influência sobre os militantes na Ucrânia, a Rússia continua a ter a responsabilidade de convecê-los a acabar com a violência, abandonar as armas e entrar em um diálogo com o governo ucraniano".
"Do outro lado, se as provocações da Rússia continuarem, está claro da nossa discussão aqui que os países do G7 estão prontos a impor custos adicionais à Rússia".
O encontro do G7 é o primeiro desde que a Rússia foi suspensa do grupo após a anexação da Crimeia em março.