General ucraniano: separatistas armados serão liquidados
De acordo com relatório da ONU, manifestantes pró-Rússia mentiram ao dizer que estavam sob ataque para justificar envolvimento de Moscou na crise ucraniana
Os separatistas pró-russos que não depuserem suas armas serão liquidados, declarou o general Valeri Krutov, número dois dos serviços especiais ucranianos (SBU), que dirige a "operação antiterrorista" lançada pelo governo de Kiev.
Os homens não identificados que tomaram prédios públicos e delegacias em várias cidades do leste pertencem às "tropas especiais do GRU (inteligência militar russa) que têm uma grande experiência em conflitos", acrescentou o general ucraniano perto de Izium, a 40 km da cidade de Slaviansk.
Segundo um jornalista da AFP, uma coluna de blindados e membros das forças especiais ucranianas se encontravam nesta terça-feira a 40 km de Slaviansk, localidade do leste da Ucrânia controlada desde sábado por grupos armados pró-russos.
O jornalista viu mais de dez blindados, outros tantos tanques e sete ônibus que transportavam membros das forças especiais perto da cidade de Izium.
Separatistas mentiram para atrair apoio russo
Habitantes russófonos do leste da Ucrânia mentiram ao se dizerem sob ataque, na tentativa de justificar um envolvimento da Rússia na atual crise, disse um relatório de direitos humanos da ONU divulgado na terça-feira.
Publicidade
"Apesar de terem ocorrido alguns ataques contra a comunidade étnica russa, eles não foram nem sistemáticos nem disseminados", disse o relatório, preparado com base em duas visitas do secretário-geral-assistente da ONU para direitos humanos, Ivan Simonovic.
"Fotos dos protestos do Maidan, histórias amplamente exageradas de assédio a russos étnicos por extremistas nacionalistas ucranianos e relatos mal-informados de que eles estariam chegando armados para perseguir os russos étnicos da Crimeia foram sistematicamente usados para criar um clima de medo e insegurança que se refletisse no apoio à integração da Crimeia à Federação Russa", disse o texto.
O relatório, que analisa os fatos ocorridos até 2 de abril, pede um esforço urgente pela manutenção do Estado de direito, do respeito aos direitos humanos e contra o chamado "discurso do ódio"- seja a retórica nacionalista ou a defesa da violência étnica ou religiosa.
O texto diz ainda que um grupo direitista chamado Setor Direito, que participou dos protestos do Maidan em Kiev, havia causado preocupação à minoria russófona.
Publicidade
Houve vários relatos de agressões do Setor Direito contra adversários políticos ou representantes do partido que foi deposto do poder no Maidan, afirmou o relatório, que pede investigações sobre o suposto envolvimento desse grupo na morte de agentes do Estado.
Mas Simonovic salientou que, com base em todos os depoimentos colhidos pela delegação da ONU, o medo causado pelo Setor Direito era desproporcional.
Na Crimeia, que realizou em 16 de março um referendo que decidiu pela anexação da região à Rússia, houve "acusações fiáveis" de assédio, detenções arbitrárias e torturas contra ativistas e jornalistas contrários à votação.
O relatório diz que ficou "amplamente avaliado" que pessoas que falam o idioma russo não foram submetidos a ameaças. O texto acrescenta que funcionários da ONU receberam "muitos relatos de manipulação dos votos" no referendo.
Sobre a eleição presidencial ucraniana marcada para 25 de maio, a ONU disse que é importante assegurar a livre comunicação de informações e ideias sobre questões públicas e políticas entre cidadãos, candidatos e ocupantes de cargos eletivos.
Publicidade
"Isso implica uma imprensa livre e outras mídias capazes de comentar questões públicas sem censura nem restrições, e que informem a opinião pública."
29 de maio - Membro de um grupo armado pró-Rússia chamado Exército Ortodoxo Russo monta guarda perto do aeroporto de Donetsk, no leste da Ucrânia.
Foto: Maxim Zmeyev
2 de 55
29 de maio - Médico observa 30 caixões preparados para o funeral de pró-russos mortos no aeroporto de Donetsk
Foto: Reuters
3 de 55
29 de maio - Membro de um grupo separatista pró-russo mostra uma imagem de um ícone religioso, em seu uniforme
Foto: Reuters
4 de 55
29 de maio - Separatistas pró-Rússia derrubaram nesta quinta-feira um helicóptero do Exército da Ucrânia, matando 14 militares, incluindo um general. Na foto, a fumaça deixada pelo ataque.
Foto: AP
5 de 55
27 de maio - Manifestantes pró-russos fortemente armados criam barricada na estrada onde fica o aeroporto, em Donetsk.
Foto: Reuters
6 de 55
27 de maio - Imagem de Jesus Cristo é vista em meio aos cacos de vidro e ao sangue, em cima de um caminhão, próximo ao aeroporto de Donetsk
Foto: Reuters
7 de 55
27 de maio - Menino caminha ao lado de uma arena de esportes, em Donetsk. A aerna foi incendiada por um grupo armado que invadiu o lugar.
Foto: Reuters
8 de 55
27 de maio - Coluna de fumaça sobre o aeroporto internacional de Donetsk. Mais de 50 rebeldes pró-russos foram mortos em um ataque sem precedentes por parte das forças do governo ucraniano, depois que o novo presidente foi eleito.
Foto: Reuters
9 de 55
27 de maio - Rebelde pró-russo se posiciona atrás de uma barricada recém-montada, próximo ao aeroporto de Donetsk
Foto: Reuters
10 de 55
12 de maio - Morador de Slaviansk, Yevgeni Kharkovski, de 75 anos, aponta os danos causados em sua casa devido a um bombardeio no bairro.
Foto: Reuters
11 de 55
12 de maio - Ativista pró-russo fica de guarda no lado de fora de um edifício administrativo na cidade ucraniana oriental de Luhansk
Foto: Reuters
12 de 55
11 de maio - Mulher cumprimenta um grupo de pró-russos armados, enquanto eles marchavam em direção a uma mesa de voto durante um referendo em Slaviansk
Foto: Reuters
13 de 55
11 de maio - Soldado ucraniano deixa sua arma em posição de tiro, em um posto de controle do exército, durante um referendo sobre a autonomia da Ucrânia
Foto: Reuters
14 de 55
11 de maio - Mulher é detida por forças de segurança ucranianas em um posto de controle do exército, por ter sido agressiva, durante um referendo sobre a autonomia no governo na cidade portuária de Mariupol
Foto: Reuters
15 de 55
11 de maio - Recruta do exército ucraniano faz gestos em um posto de controle, do lado de fora da cidade portuária de Mariupol, na Ucrânia
Foto: Reuters
16 de 55
05 de maio - Apoiadores pró-russos gritam slogans durante uma manifestação após uma cerimônia fúnebre, em Odessa. Um deputado morreu em um incêndio no edifício sindical.
Foto: Reuters
17 de 55
04 de maio - Manifestantes pró-russos queimam uma bandeira ucraniana do lado de fora do prédio do conselho distrital, em Donetsk
Foto: Reuters
18 de 55
24 de abril - Membro de forças especiais da Ucrânia toma posição em um bloqueio na estrada da cidade de Slavyansk
Foto: AFP
19 de 55
24 de abril - Avião sobrevoa cidade no leste da Ucrânia. Pelo menos cinco insurgentes foram mortos nesta quinta-feira, após um ataque aéreo
Foto: AFP
20 de 55
24 de abril - Forças ucranianas mataram pelo menos dois insurgentes pró-russos no leste do país. Em foto, homens pró-Rússia descansam em posto de controle, durante a guarda
Foto: AP
21 de 55
24 de abril - Soldado ucraniano limpa partes do tanque de guerra em um posto de controle perto da aldeia de Artemiovska, a 20 km de Slovansk
Foto: AP
22 de 55
24 de abril - Homem mascarado pró-Rússia caminha ao lado de uma barricada na Ucrânia
Foto: AP
23 de 55
24 de abril - Homem armado pró-Rússia monta a guarda em um posto de controle na Ucrânia
Foto: AP
24 de 55
24 de abril - População participa de um comício pró-ucraniano em Luhansk, no leste da Ucrânia
Foto: Reuters
25 de 55
16 de abril - Soldados ucranianos entram em confronto com manifestantes pró-russos em um campo, no leste da Ucrânia
Foto: Reuters
26 de 55
16 de abril - Homem armado pró-russos fala com militares ucranianos em um blindado
Foto: Reuters
27 de 55
16 de abril - Bandeira russa é asteada sobre veículo blindado em Slaviansk
Foto: Reuters
28 de 55
16 de abril - Homens armados pró-russos passam por gabinete do prefeito, em Donetsk
Foto: Reuters
29 de 55
16 de abril - Militares ucranianos observam jato militar ucranianos que passa por cima deles, Kramatorsk
Foto: Reuters
30 de 55
16 de abril - Homens armados, aparentemente pró-russos, ficam de guarda em Slaviansk
Foto: Reuters
31 de 55
16 de abril - Slaviansk estava sob o controle das forças armadas ucranianas até a última quarta-feira
Foto: Reuters
32 de 55
16 de abril - Soldados ucranianos participam de confronto com manifestantes pró-russos no campo próximo a Kramatorsk
Foto: Reuters
33 de 55
16 de abril - Força ucranianas reforçara o seu controle sobre a cidade Kramatorsk na última quarta-feira
Foto: Reuters
34 de 55
15 de abril - Membros de uma unidade de defesa passam por um prédio queimado na Praça da Independência, em Kiev
Foto: Reuters
35 de 55
15 de abril - Militantes pró-Rússia caminham em direção ao aeroporto de Kramatorsk, no leste da Ucrânia
Foto: AP
36 de 55
15 de abril - General Vasyl Krutov participa de confronto do lado de fora do aeroporto de Kramatorsk. Na primeira ação militar ucraniana contra um levante pró-russos, as forças do governo entraram em confronto com cerca de 30 homens armados
Foto: AP
37 de 55
14 de abril - Manifestantes pró-Rússia participam de um comício em frente ao escritório do serivço de segurança do Estado, em Luhansk, no leste da Ucrânia.
Foto: Reuters
38 de 55
13 de abril - Pró-russos se reúnem em volta de uma barricada incendiada, próximo à sede da polícia em Slaviansk
Foto: Reuters
39 de 55
13 de abril - Duas manifestantes pró-russos também participam de reunião em uma barricada perto da sede da polícia em Slaviansk
Foto: Reuters
40 de 55
12 de abril - Apoiadores pró-Rússia participam de mais um comício em frente ao escritório so serviço de segurança do Estado. Ucrânia apelou à Rússia para deter "ações provocativas"
Foto: Reuters
41 de 55
12 de abril - Um homem armado é detido pelos manifestantes pró-russos, durante um comício em Luhansk.
Foto: Reuters
42 de 55
11 de abril: uma manifestante aguarda do lado de fora do prédio do governo de Donetsk onde protestos estão sendo realizados há dias
Foto: AP
43 de 55
11 de abril: homem caminha próximo às barricadas em Luhansk, cidade a 30 km da Rússia
Foto: AP
44 de 55
10 de abril: manifestantes pró-Rússia marcham com bandeiras em rua no porto de Odessa, cidade ucraniana no litorial do Mar Negro. Eles usam uniformes iguais aos dos soldados soviéticos da Segunda Guerra Mundial
Foto: AP
45 de 55
10 de abril: ativista mascarado pró-Rússia sobe em barricada durante protesto próximo ao prédio do governo de Donetsk, Ucrânia
Foto: AP
46 de 55
9 de abril - protestos semelhantes aos vistos na Crimeia se espalham por cidades do leste da Ucrânia após a anexação da península à Rússia
Foto: AP
47 de 55
9 de abril - mulher envolvida por uma bandeira russa caminha em frente à barricada montada em Donetsk
Foto: AP
48 de 55
9 de abril - manifestantes pró-Rússia se aglomeram em uma barricada montada em frente ao edifício do serviço de segurança estatal SBU, em Lugansk, leste da Ucrânia
Foto: Reuters
49 de 55
9 de abril - manifestantes pró-Rússia montam barricadas no exterior de edifício do Governo em Donetsk
Foto: Reuters
50 de 55
8 de abril - manifestantes russófonos se reúnem diante de barricada montada em frente ao prédio do escritório do Serviço Estatal de Segurança em Lugansk, no leste da Ucrânia
Foto: Reuters
51 de 55
8 de abril - ativistas se concentram próximo ao prédio da Segurança da Ucrânia, na cidade de Lugansk
Foto: Reuters
52 de 55
7 de abril - manifestantes pró-Rússia entram em confronto com ativistas que apoiam a integridade territorial da Ucrânia, em Carcóvia
Foto: Reuters
53 de 55
7 de abril - protestos são realizados no exterior de prédios governamentais da cidade de Carcóvia
Foto: Reuters
54 de 55
7 de abril - pessoas usam pneus para montar barricadas em frente a um prédio público, da cidade de Carcóvia, no leste da Ucrânia
Foto: Reuters
55 de 55
6 de abril - ativistas pró-Rússia se concentram na varanda do escritório regional ucraniano do Serviço de Segurança em Lugansk