Gorbatchev se recusa a defender reunificação Rússia-Crimeia

Para o ex-presidente é necessário encontrar solução que satisfaça dois lados para evitar uma Nova Guerra Fria

14 mar 2014 - 10h47
O ex-presidente soviético Mikhail Gorbatchev se recusou nesta sexta-feira a defender a "reunificação" da Rússia com a Crimeia
O ex-presidente soviético Mikhail Gorbatchev se recusou nesta sexta-feira a defender a "reunificação" da Rússia com a Crimeia
Foto: AFP

O ex-presidente soviético Mikhail Gorbatchev se recusou nesta sexta-feira a defender a "reunificação" da Rússia e da Crimeia e pediu o fim da "escalada", que levará, segundo ele, a uma nova Guerra Fria, em uma carta publicada nesta sexta-feira.

"O mais importante é parar a escalada perigosa, encontrar uma solução que satisfaça os cidadãos da Ucrânia e da Rússia, evitar uma nova Guerra Fria", escreveu o Prêmio Nobel da Paz nesta carta publicada pelo jornal Komsomolskaya Pravda.

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Ele respondeu assim a um pedido feito na quinta-feira pela mesma via por Vitaly Tretyakov, um que foi chefe de redação influente na época da Perestroika, para que ele se dirija à chanceler alemã Angela Merkel e peça "para que não perturbe a reunificação pacífica da Crimeia e de Sebastopol à Rússia".

"Estou surpreso por você não saber a minha posição sobre os acontecimentos na Ucrânia", respondeu Mikhail Gorbatchev.

"O presidente russo (Vladimir Putin) está em contato quase diário com outros chefes de Estado, inclusive com Merkel", ressaltou, acrescentando não querer "se intrometer".

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"Eu aconselho a você refletir a verdadeira origem dos acontecimentos atuais. Eu a vejo na interrupção da perestroika, na dissolução sem sentido da União Soviética", em 1991, acrescentou.

Presença da Rússia na Crimeia ameaça guerra com Ucrãnia:

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