A Grã-Bretanha reforçou as medidas para lidar com possíveis pacientes contaminados pelo Ebola, afirmou o secretário da Saúde nesta segunda-feira, depois que a triagem no aeroporto londrino de Heathrow não conseguiu detectar a doença numa enfermeira que está agora em estado grave.
Desde o ano passado, o pior surto mundial da febre hemorrágica altamente contagiosa já matou mais de 8.000 pessoas, com mais de 20.000 casos registrados principalmente na Guiné, Serra Leoa e Libéria. O vírus ainda está se espalhando na África Ocidental, especialmente em Serra Leoa.
Há uma semana, Pauline Cafferkey, de 39 anos, que estava trabalhando na África Ocidental com a entidade beneficente Save the Children, se tornou a primeira pessoa a ser diagnosticada com a doença na Grã-Bretanha.
Ela viajou de Serra Leoa à Escócia com escalas em Marrocos e Londres e passou por monitoramentos de temperatura com outros trabalhadores de saúde que voltavam ao país no aeroporto de Heathrow, mas não mostrou sinais de febre. Quando solicitou uma checagem adicional, seis verificações posteriores ficaram dentro dos níveis normais e ela continuou a viagem.
A Grã-Bretanha começou a triagem de passageiros da África Ocidental por sintomas de Ebola em outubro.
"Nós... fortalecemos nossa orientação para garantir que qualquer pessoa de um grupo de alto risco que se sinta indisposta seja reavaliada, um especialista em doenças infecciosas será imediatamente ouvido e o passageiro será encaminhado para exames se for o caso", disse o secretário de Saúde, Jeremy Hunt, ao Parlamento, acrescentando que os novos procedimentos estão em vigor desde 29 de dezembro.
"Mesmo que alguém não apresente sintomas, mas que diga que está se sentido mal, então iremos isolar essa pessoa se ela estiver no grupo de alto risco", disse Hunt.
No sábado, o hospital onde Cafferkey está internada disse que seu estado de saúde havia piorado e que agora estava em estado grave. Segundo Hunt, desde então ele permanece estável.