Grécia: esquerda radical deve vencer eleições, diz pesquisa

Última pesquisa mostrou que a vantagem do Syriza sobre os conservadores no poder aumentou para cinco pontos percentuais

21 jan 2015 - 19h20
(atualizado às 19h42)
Líder do partido esquerdista radical grego Syriza, Alexis Tsipras, discursa durante comício em Salônica. 20/01/2015
Líder do partido esquerdista radical grego Syriza, Alexis Tsipras, discursa durante comício em Salônica. 20/01/2015
Foto: Alexandros Avramidis / Reuters

O Partido Syriza está a caminho de obter uma vitória confortável nas eleições gerais de domingo na Grécia, de acordo com pesquisas de opinião que mostram que os esquerdistas radicais estão consolidando ganhos nos últimos dias de campanha.

A apenas quatro dias das eleições, todas as pesquisas mostram o Syriza firmemente à frente. A última pesquisa mostrou que a vantagem do Syriza sobre os conservadores no poder aumentou para cinco pontos percentuais, colocando o partido perto do limite para uma vitória absoluta.

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As eleições gregas estão sendo observadas de perto pelos mercados financeiros, já que uma vitória do partido que é contra o programa de resgate financeiro poderia provocar um impasse com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, que são os credores da Grécia, e levar o país à beira da falência ou à saída da zona euro.

Em um artigo de opinião publicado nesta quarta-feira no jornal Financial Times, o líder do Syriza, Alexis Tsipras, procurou descartar esses temores e apelou dizendo que é a hora de mudar a Grécia.

Eleições gregas podem definir se país sai da zona do euro
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"Temos o dever de negociar abertamente, honestamente e de igual para igual com os nossos parceiros europeus. Não há sentido que cada lado exiba suas armas", Tsipras escreveu.

"Nós não temos participado do governo, somos uma nova força que não deve qualquer lealdade ao passado. Vamos fazer as reformas que a Grécia realmente precisa."

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A pesquisa Alco para o jornal semanal To Pontiki mostrou que o Syriza obteria 33,8 por cento dos votos, perto do nível de 36 a 40 por cento geralmente necessário para um partido garantir maioria parlamentar. Cerca de 9 por cento dos eleitores ainda estavam indecisos.

Outra pesquisa, feita pela Rass para o portal iefimerida.gr, mostrou o Syriza, que tem prometido renegociar a dívida da Grécia, ampliando sua vantagem para 4,2 pontos percentuais, ante 3,8 pontos percentuais em uma pesquisa anterior.

Ambos os levantamentos mostram o partido centrista To Potami em terceiro lugar, no caminho certo para se tornar o fiel da balança se os eleitores escolherem um Parlamento dividido.

As pesquisas mostraram o partido de centro-esquerda Pasok, parceiro de coligação do primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, com cerca de 4 por cento dos votos.

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Segundo a lei eleitoral grega, os partidos precisam garantir 3 por cento dos votos para entrar no Parlamento de 300 lugares. O partido com maior representação recebe automaticamente um bônus de 50 assentos.

As campanhas devem se intensificar nos próximos dois dias. Tsipras deve fazer um grande comício em Atenas na noite de quinta-feira, enquanto Samaras fará seu último evento pré-eleitoral na sexta-feira.

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