A ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, pediu neste domingo calma e pragmatismo após a detenção na Alemanha de um espião alemão acusado de atuar como agente duplo para Washington, para quem vazava documentos do Bundestag, a Câmara baixa do parlamento.
Clinton, a principal presidenciável democrata para 2016, afastada há ano e meio da política ativa, fez estas declarações em Berlim em um ato de apresentação de sua autobiografia "Hard Choices" ("Decisões difíceis" em tradução livre, ainda não editado no Brasil).
A esposa do ex-presidente Bill Clinton garantiu que "é necessário esperar os fatos", porque há uma investigação federal em andamento sobre acusações "sérias". No entanto, seja qual for o resultado da atual investigação judicial, Hillary se mostrou a favor de "não pôr em perigo" as relações bilaterais entre EUA e Alemanha, relações para ela necessárias e muito intensas.
A ex-ministra dedicou vários minutos ao escândalo de espionagem americana em território alemão, que inclui o caso das escutas ao celular da chanceler alemã, Angela Merkel, e garantiu "compreender totalmente" a preocupação dela. Para Hillary, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, atuou "rapidamente e fez o correto, porque ele estava realmente preocupado" com as consequências das revelações em torno do programa de espionagem em massa dos serviços secretos dos Estados Unidos.