O presidente francês, François Hollande, criticou a violação de sua privacidade e anunciou à AFP que considera apresentar uma ação judicial contra a revista Closer, que lhe atribui um romance com a atriz Julie Gayet.
Em uma declaração lida por um de seus colaboradores à AFP, Hollande, que se expressava em nome próprio, e não como presidente da República, "critica profundamente a violação do respeito à privacidade, ao qual tem direito como qualquer cidadão".
A revista Closer afirma que Hollande, 59 anos, mantém um relacionamento amoroso com a atriz Julie Gayet, em um dossiê de sete páginas ilustrado com fotos que sai à venda nesta sexta-feira. A Closer "revela em um dossiê de 7 páginas as fotos da relação entre o chefe de Estado e a atriz", anunciava o site da revista na noite de quinta-feira.
A capa da publicação mostra uma foto do presidente com o seguinte título: "François Hollande e Julie Gayet - O amor secreto do presidente".
"No dia do Ano Novo, o chefe de Estado, de capacete, visita de scooter a atriz em sua residência, onde o presidente costuma passar a noite", informa o site da revista. "São fotos impressionantes (...) que levantam questões sobre a segurança do presidente. O chefe de Estado está acompanhado apenas por um guarda-costas, que protege o segredo destes encontros com a atriz e até leva croissants", detalha.
Oficialmente, a atual companheira do chefe de Estado francês é a jornalista Valérie Trierweiler, 48 anos. Hollande viveu durante muitos anos com a ex-candidata presidencial Ségolène Royal, mãe de seus quatro filhos.
A atriz Julie Gayet, 41 anos, moveu uma ação em março de 2013 em Paris para identificar os autores de um boato na internet sobre seu suposto caso com o socialista Hollande. Em 2012, Gayet participou de um videoclipe eleitoral do candidato Hollande à presidência, a quem qualificava de homem "humilde, formidável e que escuta de verdade".
Julie Gayet se casou em 2003 com o roteirista argentino Santiago Amigorena, radicado na França desde os 11 anos, e tem dois filhos. Anos mais tarde eles se separaram.
A divulgação do artigo da Closer em seu site provocou reações de várias personalidades políticas francesas no Twitter. A presidente da Frente Nacional (extrema-direita), Marine Le Pen, denunciou a atitude da imprensa e exigiu "o respeito à privacidade de todos".
Já Harlem Désir, secretário do Partido Socialista, ao qual Hollande pertence, declarou que "o assunto não envolve a política" e que, portanto, não deve formar parte do debate político. "Tem que existir um respeito da pessoa privada e também da função presidencial", declarou Désir.