Hollande descarta vínculo entre ataques em França e Tunísia

Enquanto na França uma pessoa morreu e duas ficaram feridas, na Tunísia atentado deixou 28 vítimas fatais

26 jun 2015 - 13h11
(atualizado às 13h58)

O presidente da França, François Hollande, descartou que haja vínculos entre os atentados ocorridos nesta sexta-feira (26) no leste de seu país e na Tunísia, além do fato de que ambos foram atos terroristas. Hollande, que falou com seu colega tunisiano logo após ser informado sobre os fatos, disse que "não há vínculo" entre ambas as ações e que o fato é que "o terrorismo é nosso adversário, que está por todas as partes", se referindo também ao atentado no Kuwait. Enquanto na França uma pessoa morreu, na Tunísia 28 faleceram e no Kuwait pelo menos 25.

"Temos que fazer o necessário para proteger nossos cidadãos e respeitar nossas liberdades", disse François Hollande
"Temos que fazer o necessário para proteger nossos cidadãos e respeitar nossas liberdades", disse François Hollande
Foto: Thomas Samson / Reuters

O presidente francês, que reuniu o Conselho de Defesa no Palácio do Eliseu poucas horas depois do atentado que aconteceu em uma fábrica do leste da França, afirmou que foi decretado o máximo nível de alerta antiterrorista na região de Ródano-Alpes para os próximos três dias. Perante a ameaça terrorista, Hollande pediu "unidade" a todos os cidadãos, lembrou que o dispositivo antiterrorista é o maior "em décadas" e indicou que o nível de alerta já é alto em todo o território.

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"Não há dúvida da capacidade de nosso país de se proteger, sem cair em precipitações e improvisações. Temos que fazer o necessário para proteger nossos cidadãos e respeitar nossas liberdades", disse o líder, que assegurou que "nesse sentido" são as recentes leis antiterroristas aprovadas na França.

Na região francesa onde aconteceu o atentado, essa vigilância se intensificará durante os próximos três dias para facilitar a investigação, o que suporá um maior desdobramento em determinados lugares, como estações de transportes públicos e instalações industriais. Hollande indicou que a luta contra o terrorismo deve ocorrer "no mundo todo" e lembrou o desdobramento do contingente francês no Sahel africano.

O presidente confirmou que o morto na ação na França é um homem de 50 anos "covardemente assassinado" e que o atentado deixou duas pessoas levemente feridas quando o suposto terrorista bateu seu veículo contra bujões de oxigênio "para provocar uma explosão".

Além disso, Hollande prestou homenagem à "coragem" das forças da ordem, em particular do bombeiro que rendeu o agressor, o que permitiu sua detenção.

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Hollande explicou que o grosso da investigação se dirige agora a determinar se o detido, Yassin Salhi, de 35 anos e pai de três filhos, contou com a ajuda de cúmplices. Fontes próximas à investigação indicaram que o morto era o gerente da empresa de entregas na qual Salhi trabalhava.

  
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