A polícia italiana despejou nesta quarta-feira um grupo de famílias pobres e imigrantes, incluindo vários latino-americanos, que ocupavam um imóvel em Roma.
As famílias ocupavam há vários meses um edifício abandonado, que pertence a uma seguradora. Durante a ação, 10 pessoas ficaram feridas.
A falta de moradia, provocada pelo alto custo de vida na capital italiana, é um fenômeno crônico em Roma, agravado pela crise econômica.
Entre 100 a 150 policiais entraram no edifício para desalojar quase 200 pessoas do edifício abandonado, sem chuveiros ou cozinhas.
O governo de esquerda liderado por Matteo Renzi lançou em março um plano nacional de habitação, que pretende conceder moradias em 2014 e 2015 para a ala mais pobre da população.
Mas o plano, com um fundo de 200 milhões de euros, é considerado insuficiente pelos analistas, pois não conseguirá atacar a amplitude do fenômeno.
No dia 12 de abril, um protesto no centro de Roma para denunciar a situação terminou com uma batalha campal entre manifestantes e a polícia, com pelo menos 22 feridos.
Analistas acreditam que 10 ações de despejo são realizadas por dia, apenas em Roma, a maioria delas pela falta de pagamento de aluguel.