Inglaterra: mais de 20 mil podem sofrer mutilação genital

Junto do País de Gales, ingleses fazem campanha para prevenir que jovens se tornem vítimas dessa prática

2 jun 2014 - 13h56
(atualizado às 14h39)

A Inglaterra e o País de Gales deram início a uma campanha voltada para jovens que correm o risco de sofrer mutilação genital, segundo o jornal The Guardian. A publicação destaca que quase 66 mil meninas, menores de 15 anos, são submetidas à mutilação genital todos os anos, nos dois países. Além disso, mais de 20 mil meninas correm risco de passar pelo procedimento.

Cartazes serão colocados em banheiros de 17 bairros de Londres, Birmingham, Manchester, Leicester, Bristol, Sheffield, Liverpool e Cardiff. Eles vão orientar as mães e cuidadoras a telefonar para uma linha de apoio da Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças (NSPCC) para relatar suspeitas ou pedir ajuda e conselhos, no caso de suas filhas estarem em risco.

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<p>A  secretária do Interior Theresa May disse que o Governo está empenhado em combater o crime de mutilação genital feminina. Na foto, May participa de entrevista para programa da BBC, em 26 de maio</p>
A secretária do Interior Theresa May disse que o Governo está empenhado em combater o crime de mutilação genital feminina. Na foto, May participa de entrevista para programa da BBC, em 26 de maio
Foto: Reuters

"A mutilação da genitália feminina é ilegal e um abuso contra a criança. O governo está totalmente empenhado em combater e prevenir essa prática nociva, a fim de salvaguardar e proteger todas as meninas e mulheres que podem estar em risco", disse a secretária do Interior, Theresa May, durante o anúncio da campanha.

"As mães têm o poder de impedir que isso aconteça com suas filhas e com as próximas gerações. Questões políticas ou culturais não devem ficar no caminho da prevenção dessa forma terrível de abuso", acrescentou.

A campanha será veiculada até agosto para chegar às comunidades durante as férias escolares, quando a maioria das meninas estão em risco. 

A NSPCC já foi contactada por mais de 200 pessoas desde que lançou sua linha de apoio em 2013.

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Além dos cartazes, anúncios online dirigidos às mães serão veiculados no Facebook e no site Netmums.

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Fonte: Terra
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