Inteligência dos EUA sabia de invasão da Crimeia pela Rússia

O diretor de Agência de Inteligência de Defesa dos EUA disse que intenção da Rússia de invadir a Crimeia foi descoberta com, pelo menos, sete dias antes

7 mar 2014 - 15h20
(atualizado às 15h23)

O diretor da Agência de Inteligência de Defesa dos Estados Unidos (DIA), o tenente-general Michael Flynn, afirmou em entrevista divulgada hoje que o órgão soube antecipadamente sobre a intervenção da Rússia na península da Crimeia, na Ucrânia.

Em entrevista à rádio pública NPR, Flynn desmentiu as críticas feitas contra a espionagem americana por não ter se antecipado aos movimentos na Crimeia e assegurou que as intenções de Moscou foram descobertas com sete ou dez dias de antecedência. 

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"Apresentamos relatórios muito sólidos e alertas estratégicos", explicou Flynn. O tenente-general afirmou ainda que a Casa Branca foi informada uma semana antes sobre a possibilidade "iminente" de invasão.

Desde sexta-feira passada, forças comandadas pela Rússia tomaram o controle da península da Crimeia e assediam as Forças Armadas ucranianas para que se mantenham em seus quartéis.

O porto de Sevastopol, na Crimeia, é sede da frota russa no Mar Negro e mantém fortes vínculos com Moscou.

Flynn assegurou que a espionagem americana segue vigiando bem de perto os movimentos de tropas perto da fronteira com a Ucrânia, país que após meses de protestos contra o governo do presidente pró-russo Viktor Yanukovich conta agora com um Executivo provisório, favorável à aproximação da Europa.

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