Os dois irmãos responsáveis pelo ataque contra o jornal satírico semanal Charlie Hebdo viajaram ao Iêmen via Omã em 2011 e receberam treinamento para uso de armas nos desertos de Marib, um reduto da Al Qaeda, disseram duas fontes iemenitas neste domingo.
É a primeira vez em que autoridades iemenitas confirmam que Cherif e Said Kouachi, responsáveis pelo mais sangrento ataque por militantes islâmicos contra alvos ocidentais dos últimos anos, visitaram o Iêmen, onde a ramificação mais perigosa da Al Qaeda, a Aqap, está sediada. Uma das fontes iemenitas havia confirmado anteriormente uma visita de Said Kouachi.
O ataque em Paris lançou atenções renovadas sobre a Aqap, que recentemente tem concentrado esforços no combate a inimigos internos, tais como as forças do governo e rebeldes xiitas, mas ainda tem como objetivo conduzir ataques em outros países.
Je suis Laurent: sobrevivente da revista descreve atentado
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Uma campanha orquestrada pelo governo no ano passado e repetidos ataques com drones pelos Estados Unidos contra integrantes da Aqap também levaram à crença de que a organização encontra-se incapaz de lançar grandes ataques no exterior. O grupo conseguiu, no entanto, alvejar ocidentais, incluindo cidadãos franceses, dentro do Iêmen no ano passado.
"Esses dois irmãos chegaram em Omã em 25 de julho de 2011, e de Omã eles entraram ilegalmente no Iêmen, onde permaneceram por duas semanas", disse uma autoridade de segurança iemenita de alto escalão que pediu para não ser identificada.
"Eles se encontraram com Anwar al-Awlaki (um líder da Al Qaeda) e foram treinados por três dias nos desertos de Marib sobre como atirar uma arma. Eles retornaram a Omã e deixaram Omã em 15 de agosto de 2011, voltando para a França."
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Uma fonte de inteligência iemenita confirmou que os irmãos entraram no Iêmen via Omã em 2011, mencionando a facilidade com que chegaram ao país no momento em que as forças de segurança focavam esforços em controlar os protestos da Primavera Árabe, que agitaram o país à época.
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Milhares de pessoas se reuniram em Paris, em homenagem às vítimas do sangrento atentado contra a revista humorística Charlie Hebdo
Foto: EFE en español
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Atos foram convocados por vários sindicatos, associações, meios de comunicação e partidos políticos
Foto: AFP
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Cerca de cinco mil pessoas se reuniram a partir das 17h locais (14h de Brasília) na praça da República, perto da sede do semanário.
Foto: Twitter
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Atos de apoio a vítimas de ataque se espalham pela Europa
Foto: Reuters
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Atos de apoio a vítimas de ataque se espalham pela Europa
Foto: Reuters
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Atos de apoio a vítimas de ataque se espalham pela Europa
Foto: AFP
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Em Roma, na Itália, manifestantes se reuniram em frente à embaixada francesa para prestar solidariedade ao país.
Foto: Gregorio Borgia
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Jornalistas da agência de notícias Agence France Presse fizeram um minuto de silêncio na redação segurando papéis com o escrito "eu sou Charlie".
Foto: Bertrand Guay
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Funcionários do portal Mashable também realizaram uma homenagem aos jornalistas que morreram no atentado
Foto: Mashable
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Em Amsterdam, na Holanda, manifestantes se reuniram na praça Dam
Foto: Evert Elzinga
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Em Barcelona, na Espanha, grupo se reuniu em frente à embaixada francesa.
Foto: Manu Fernandez
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Em Barcelona, na Espanha, grupo se reuniu em frente à embaixada francesa.
Foto: Manu Fernandez
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Em Londres, na Inglaterra, pessoas foram à praça Trafalgar prestar homenagem.
Foto: Leon Neal
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Em Londres, na Inglaterra, pessoas foram à praça Trafalgar prestar homenagem.
Foto: Leon Neal
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Jornalistas da AFP protestam contra o ataque segurando cartazes
Foto: Loic Venance
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Homem deposita flroes em altar montado em rua de Berlim, na Alemanha
Foto: Kay Nietfeld
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Jornais dinamarqueses estampam luto na capa em memória às vitimas
Foto: Erik Refner
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Na França, todas as bandeiras do país foram colocadas a meio mastro nos edifícios públicos
Foto: Ian Langsdon
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Integrante da Guarda Republicana Francesa ao lado de bandeiras com fitas pretas
Foto: /Ian Langsdon
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Também em Paris, na França
Foto: EFE
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Francês escreve recado de paz em poste em lembrança ao atentado
Foto: EFE
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Atos de apoio aconteceram também na Rússia
Foto: Sergei Ilnitsky
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