A Itália examina um pedido de asilo político do ex-consultor americano Edward Snowden, mas o procedimento normal estabelece que o demandante apresente sua solicitação pessoalmente em uma embaixada ou na Itália, anunciaram fontes do Ministério das Relações Exteriores nesta terça-feira.
"Recebemos e estamos examinando um pedido de asilo deste tipo. O pedido possui irregularidades porque chegou por fax e o procedimento prevê que os demandantes façam sua requisição pessoalmente", explicou à AFP uma fonte do ministério que solicitou o anonimato.
As demandas devem ser apresentadas "em uma embaixada italiana ou em território italiano".
A Itália é um dos 21 países aos quais Snowden, procurado por Washington por espionagem, pediu asilo político.
As solicitações de asilo em nome de Snowden foram enviadas a Alemanha, Áustria, Bolívia, Brasil, China, Cuba, Equador, Espanha, Finlândia, França, Índia, Irlanda, Islândia, Itália, Nicarágua, Noruega, Holanda, Polônia, Rússia, Suíça e Venezuela.
Áustria, Finlândia, Islândia, Noruega e Espanha já rejeitaram o pedido como não válido, porque ele deve ser apresentado em seus territórios.
Bloqueado desde 23 de junho na zona de trânsito do aeroporto Moscou-Cheremetievo, ele desistiu de ficar na Rússia depois de o presidente Vladimir Putin ter imposto condições para sua permanência permanente nesse país.
O engenheiro de informática de 30 anos está bloqueado na zona de trânsito do aeroporto Cheremetievo de Moscou desde a sua chegada, no dia 23 de junho, proveniente de Hong Kong.
O ex-consultor da Agência Nacional de Segurança americana (NSA), que revelou informações sobre um programa secreto de monitoramento das comunicações mundiais executado pelos Estados Unidos, permitiu a publicação de novas indicações sobre a espionagem das comunicações da União Europeia, provocando a ira dos europeus e desencadeando ameaças de um bloqueio das negociações comerciais entre UE e EUA.