Itália resgata mais de 2.600 imigrantes no fim de semana

Estrangeiros arriscam a vida tentando chegar ao país de barco pelo Mediterrâneo

7 jul 2014 - 13h53
(atualizado às 13h56)
<p>A agência de refugiados da Organização das Nações Unidas contou 63.600 chegadas de imigrantes na Itália até 4 de julho. Na foto, imigrantes aguardam para desembarcar no porto de Pozzallo, na Sicília, em 13 de maio</p>
A agência de refugiados da Organização das Nações Unidas contou 63.600 chegadas de imigrantes na Itália até 4 de julho. Na foto, imigrantes aguardam para desembarcar no porto de Pozzallo, na Sicília, em 13 de maio
Foto: Carmelo Imbesi / Reuters

Uma missão de busca e resgate da Itália salvou mais de 2.600 imigrantes de barcos no Mediterrâneo no fim de semana, disse a Marinha nesta segunda-feira. O número de estrangeiros indo da África para a Itália em embarcações bateu recorde este ano.

Barcos e helicópteros da missão "Mare Nostrum" (Nosso Mar) recolheram os imigrantes, em sua grande maioria homens, mas também alguns menores de idade e uma mulher grávida de nove meses, entre sábado e segunda feira, no Estreito da Sicília.

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O sul da Itália há tempos tem atraído imigrantes vindos da África pelo mar em busca de melhores condições de vida na Europa, e o clima calmo nos últimos tempos tem encorajado mais pessoas a fazer a jornada marítima.

Pessoas da Eritreia, da República Democrática do Congo, do Sudão e da Argélia estavam entre os resgatados no fim de semana, segundo a Marinha.

A agência de refugiados da Organização das Nações Unidas, Acnur, contou 63.600 chegadas de imigrantes até 4 de julho, antes do fluxo deste fim de semana, ultrapassando o recorde de cerca de 62 mil durante todo o ano de 2011, ano da “Primavera Árabe”.

Apesar das melhores condições climáticas, a rota é perigosa. Quarenta e cinco pessoas foram encontradas sufocadas em um lotado barco de pesca na semana passada e imigrantes chegando à Sicília disseram ter viajado com dezenas de pessoas que não sobreviveram.

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O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, pediu à União Europeia que invista mais no programa “Mare Nostrum”, que custa cerca de 9 milhões de euros (12,3 milhões de dólares), por mês.

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