A Itália não para de tremer. Mais de 700 réplicas foram registradas desde o terremoto de 6,5 graus de magnitude que atingiu nesse domingo (30) a região central do país, informou o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV).
As principais réplicas ocorreram entre as regiões de Marcas e Umbria. Apesar de constantes, apenas um tremor ultrapassou os 5 graus, disse à Ansa o sismólogo Alberto Michelini, do INGV. Os especialistas calculam que 18 réplicas tiveram intensidade de 4 a 5 graus, enquanto 301 tremores de terra foram enquadrados na categoria de 3 a 4 graus. Outros 403 sismos ficaram abaixo dos 3 graus de magnitude.
O terremoto que atingiu Marcas e Umbria no domingo foi o quarto de grande magnitude que sacudiu a Itália nos últimos dois meses. No dia 24 de agosto, um terremoto de 6 gaus devastou cidades inteiras da região do Lazio. Várias réplicas foram sentidas nos dias posteriores, mas nenhuma tinha passado de 5 graus. Porém, na última semana, outros dois terremotos assustaram a população. E, ontem, a terra voltou a tremer de novo.
A Defesa Civil italiana estima que entre 25 mil e 40 mil pessoas estejam desabrigadas. Os danos ainda não foram calculados, mas centenas de construções, inclusive igrejas, ruíram com os terremotos. O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, disse que não houve mortos neste último terremoto, mas que o tremor de terra "devastou o coração" do país, com danos "impressionantes". "A alma da Itália está inquieta. O terremoto mais forte desde 1980 devastou o coração da nossa península. Não há mortos desta vez, e isto nos dá um grande alívio. Mas os danos ao patrimônio doméstico, econômico, cultural e religioso são impressionantes.
Estas cidades são a identidade da Itália, devemos reconstruí-las por completo e rapidamente", disse Renzi. (ANSA)