A Itália registrou neste domingo (4) mais 2.578 casos e 18 mortes na pandemia do coronavírus Sars-CoV-2, elevando os totais de contágios e óbitos para 325.329 e 35.986, respectivamente.
Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, o país também soma 231.914 pacientes curados e 57.429 casos ativos, maior número desde 23 de maio (57.752). No último sábado (3), a Itália havia registrado 2.844 novas infecções e 27 mortes, porém com 26 mil exames processados a mais.
A média móvel de novos casos em sete dias subiu para 2.209, maior número desde 30 de abril (2.213), ainda antes do fim do lockdown, enquanto a de mortes aumentou para 22, maior cifra desde 30 de junho (22).
A média móvel é obtida dividindo por sete a soma dos novos contágios ou óbitos nos últimos sete dias e costuma oferecer uma imagem mais precisa da evolução da pandemia, já que corrige distorções entre os dados do início e do fim das semanas.
A Itália vem de 11 semanas de crescimento nos novos casos e de sete semanas de alta nos óbitos, o que faz o governo voltar a cogitar restrições para conter a pandemia e evitar que a segunda onda saia do controle.
O comitê técnico-científico do governo (CTS) recomendou o contingenciamento das presenças em festas privadas e cerimônias, bem como a redução dos horários de funcionamento de bares e a obrigatoriedade do uso de máscaras a céu aberto, mesmo quando não houver risco de aglomeração.
Atualmente, o governo determina o uso obrigatório de proteção facial em locais públicos fechados ou a céu aberto com risco de aglomeração em todo o território nacional, embora algumas regiões do sul do país, mais poupado na primeira onda da pandemia, já tenham adotado a recomendação do CTS.
A expectativa é de que o gabinete do primeiro-ministro Giuseppe Conte divulgue um novo decreto com medidas de contenção do coronavírus Sars-CoV-2 em 7 de outubro. Um segundo lockdown está descartado neste momento.
"Um lockdown generalizado como aquele de março produziria um custo social, econômico e cultural que não podemos permitir. Precisamos trabalhar para evitá-lo", declarou neste domingo o ministro da Saúde, Roberto Speranza, acrescentando que futuras medidas de restrição dependerão do "comportamento de cada um".