A Justiça espanhola anunciou nesta quarta-feira (14) que suspendeu de maneira cautelar uma resolução do Parlamento da Catalunha que tinha como objetivo convocar um referendo de independência em 2017.
Em nota, o Tribunal Constitucional afirmou que decidiu "tramitar o incidente de execução da Advocacia do Estado" por uma resolução aprovada em 6 de outubro no Parlamento catalão. E suspendeu o processo após recurso apresentado pelo governo conservador do presidente Mariano Rajoy.
Recentemente, o presidente da região da Catalunha, o separatista Carles Puigdemont, disse que tentará um acordo com as autoridade de Madri "até o último momento". "Também aviso que, se não chegarmos a um acordo, não daremos fim ao projeto", afirmou ele.
O plano de ruptura catalão, que prevê a independência da região, visa a convocar um referendo separatista a ser realizado em setembro de 2017, mesmo sem o aval do governo espanhol.
Em novembro de 2014, apesar de toda a oposição do governo e da Justiça espanhola, as liderenças da Catalunha convocaram mesmo assim um referendo popular. Cerca de 80% dos eleitores votaram "sim" à separação da região, mas os resultados não eram vinculantes e foram considerados inválidos.