Já acusado por alguns de ser comunista, o papa Francisco acredita que o cuidado com os pobres não é uma invenção da ideologia desenvolvida por Karl Marx, e sim algo que está presente no Evangelho.
Essa posição foi explicitada pelo sacerdote no livro "Papa Francisco: Essa economia mata", dos jornalistas italianos Andrea Tornielli e Giacomo Galeazzi e do qual o jornal "La Stampa" publicou uma prévia.
Aos repórteres, o argentino Jorge Bergoglio ainda disse que a preocupação social não deve ser "ideologizada" e que a globalização ajudou muita gente a crescer, mas também condenou outros tantos a morrer de fome.
A obra reúne e analisa diversos discursos, documentos e intervenções do Papa sobre pobreza, imigração, justiça social e defesa da criação, colocando-os em confronto com especialistas em economia, finanças e doutrina da Igreja.
O livro termina com essa entrevista com Francisco - concedida em outubro de 2014 - na qual ele reitera que no centro do sistema não está mais o homem, e sim o dinheiro, que se tornou um ídolo, enquanto as pessoas foram reduzidas a meros instrumentos
Com informação da agência ANSA