Kiev pede ao mundo que não reconheça anexação da Crimeia

A Ucrânia pediu nesta terça-feira à comunidade internacional que não reconheça a independência da Crimeia aprovada no domingo em referendo

18 mar 2014 - 08h04
Participantes de uma manifestação pró-Rússia agitam bandeiras russas na frente da estátua de Lenin, em Simferopol. Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia concordaram em impor sanções contra 21 pessoas da Rússia e da Ucrânia nesta segunda-feira, incluindo proibições de viagens e congelamento de bens, disse o chanceler da Lituânia nesta segunda-feira. 17/03/2014
Participantes de uma manifestação pró-Rússia agitam bandeiras russas na frente da estátua de Lenin, em Simferopol. Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia concordaram em impor sanções contra 21 pessoas da Rússia e da Ucrânia nesta segunda-feira, incluindo proibições de viagens e congelamento de bens, disse o chanceler da Lituânia nesta segunda-feira. 17/03/2014
Foto: Sergei Karpukhin / Reuters

A Ucrânia pediu nesta terça-feira à comunidade internacional que não reconheça a independência da Crimeia, aprovada no domingo em um referendo condenado pelo Ocidente, nem os acordos que a península possa anunciar com outros países.

As autoridades separatistas desta península ucraniana pró-Moscou solicitaram a incorporação à Rússia, algo que deve ser ratificado por um acordo entre Moscou e seu "Estado".

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"Levando em consideração que a independência da Crimeia foi proclamada por um organismo ilegítimo depois de um referendo inconstitucional, realizado em violação manifesta das normas europeias, o ministério das Relações Exteriores da Ucrânia envia a todos os membros da comunidade internacional uma solicitação urgente de que se abstenham de reconhecer a nível internacional a 'República da Crimeia'", afirma um comunicado da chancelaria de Kiev.

O direito internacional vigente proíbe aos Estados reconhecer os "pseudo-estados" ou "qualquer situação, acordo ou entendimento" consecutivos a sua criação, "se o mesmo é resultado do uso ilegal da força" para apoiar a proclamação da independência da Crimeia, completa a nota.

"Considerando o status de potência nuclear da Rússia, este procedimento apresenta um caráter particularmente perigoso para a integridade territorial da Ucrânia, assim como para a paz e a segurança internacional em seu conjunto".

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O presidente Vladimir Putin e a Duma (câmara baixa do Parlamento russo) já anunciaram que apoiam a incorporação da Crimeia à Rússia, apesar das críticas e sanções dos países ocidentais.

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