Líderes do G7 e UE se reúnem para discutir crise na Ucrânia

24 mar 2014 - 03h38
(atualizado às 03h48)

Os líderes do G7 e da União Europeia (UE) se reúnem nesta segunda-feira em Haia para discutir a situação da Ucrânia e manter a pressão sobre a Rússia após a crise internacional originada pela anexação da região autônoma ucraniana da Crimeia.

<p>Após ser destituído da presidência e fugir de Kiev, o presidente Viktor Yanukovich deixou para trás sua mansão na região campestre da capital; poucas horas depois, manifestantes e curiosos visitaram o local, agora vazio, para conhecer o retiro luxoso de que usufruía o líder, de paradeiro atualmente desconhecido</p>
Após ser destituído da presidência e fugir de Kiev, o presidente Viktor Yanukovich deixou para trás sua mansão na região campestre da capital; poucas horas depois, manifestantes e curiosos visitaram o local, agora vazio, para conhecer o retiro luxoso de que usufruía o líder, de paradeiro atualmente desconhecido
Foto: AP

A reunião é uma iniciativa do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que na semana passada convocou os chefes de Estado e de governo do G7 (Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Estados Unidos e Japão) para tratar da crise russo-ucraniana.

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Os líderes, que estão em Haia para participar da cúpula sobre Segurança Nuclear que acontece hoje e amanhã provavelmente decidirão os próximos movimentos em relação a Rússia.

Esse grupo de países, os mais poderosos do mundo, retornou ao formato de sete sócios em lugar de oito, ao excluir a Rússia deste encontro extraordinário que começará a partir das 14h15 (de Brasília) em Catshuis, residência oficial do primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte.

Além de Rutte e Obama, participarão do G7 o presidente da França, François Hollande; a chanceler da Alemanha, Angela Merkel; e os primeiros-ministros do Canadá, Stephen Harper; do Reino Unido, David Cameron; do Japão, Shinzo Abe, e da Itália, Matteo Renzi. Também participarão, pela União Europeia, os presidentes da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

É a primeira vez que os líderes do G7 e da UE discutem conjuntamente uma resposta à Rússia, depois de tanto americanos como europeus impuserem sanções, por enquanto proibindo a entrada em seus territórios e congelando bens e ativos financeiros de 30 figuras próximas ao presidente russo, Vladimir Putin, ou envolvidas na crise ucraniana.

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O líder russo, que está este ano na presidência rotativa do G8, não participará da cúpula sobre Segurança Nuclear, e será o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, que representará Moscou. Paralelamente a essa cúpula o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e Lavrov se reunirão.

Entre as medidas restritivas impostas pelos EUA e a UE à Rússia esteve a suspensão dos preparativos da próxima cúpula desse grupo de nações, prevista para junho na cidade russa de Sochi.

A UE também cancelou a cúpula bilateral que também aconteceria em junho como sanção pela intervenção militar russa na Crimeia.

Entre os líderes do G7, o primeiro-ministro do Reino Unido pôs na mesa abrir o debate da possível expulsão da Rússia do G8. "Acho que deveríamos debater se expulsamos ou não a Rússia de forma permanente do G8, caso tomem mais medidas", disse Cameron semana passada no parlamento.

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