Líderes mundiais e veteranos de guerra celebram Dia D

Cerimônia na França reuniu líderes mundiais de 21 Estados, além de veteranos; Obama e Putin tiveram breve encontro informal à margem da cerimônia

6 jun 2014 - 11h06
(atualizado às 11h07)
Foto oficial mostra líderes de 19 Estados que participaram de homenagens aos 70 anos do Dia D, na França; alguns veteranos de guerra também estiveram presentes e receberam homenagens
Foto oficial mostra líderes de 19 Estados que participaram de homenagens aos 70 anos do Dia D, na França; alguns veteranos de guerra também estiveram presentes e receberam homenagens
Foto: AFP

Líderes mundiais e veteranos de guerra fizeram uma cerimônia para lembrar os 70 anos do chamado Dia D da Segunda Guerra Mundial, quando houve o desembarque de soldados aliados para libertar a Europa do comando nazista, e a anfitriã França buscou utilizar o evento para fazer uma abordagem amigável sobre a crise na Ucrânia.

Coroas de flores, desfiles e paraquedistas honraram a maior ofensiva militar anfíbia da história, em 6 de junho de 1944, quando 160 mil soldados britânicos, norte-americanos e canadenses avançaram para confrontar forças alemãs, acelerando a derrota do inimigo e levando paz à Europa.

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Veteranos de guerra, alguns em cadeiras de rodas, aniram-se aos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente francês, François Hollande, para comemorar a vitória e reafirmar os laços entre EUA e França perante as dez mil lápides de mármore de soldados norte-americanos mortos, no Cemitério Americano da Normandia.

Obama e o presidente russo, Vladimir Putin, mantiveram um breve encontro informal à margem da cerimônia, segundo o gabinete de Hollande. A Casa Branca confirmou a informação e disse que os dois conversaram por cerca de 10 a 15 minutos.

O presidente americano disse na cerimônia que a faixa de 80 quilômetros da costa da Normandia - onde soldados aliados chegaram sob o fogo inimigo - foi uma “pequena tira de areia sobre a qual esteve mais do que o destino da guerra, mas o curso da história humana”.

Presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente francês, François Hollande, ficam ao lado de veteranos em cerimônia de Comemoração ao Dia D, no Cemitério e Memorial Colleville-sur-Mer, na Normandia
Foto: Reuters

“Nossa vitória nessa guerra decidiu não apenas o século, mas moldou a segurança e o bem-estar de toda a posteridade”, disse Obama.

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O presidente dos EUA buscou ligar os sacrifícios da Segunda Guerra Mundial ao dos soldados norte-americanos mortos em combate desde os ataques terroristas de 11 de setembro por militantes islâmicos da Al-Qaeda.

Hollande declarou que a França “nunca esqueceria a solidariedade entre nossas duas nações, solidariedade baseada em um ideal compartilhado, a aspiração, a paixão pela liberdade”.

Falando mais cedo na cidade de Caen, que foi devastada pelo combate, o presidente francês honrou civis de seu país que foram mortos durante a invasão aliada, classificando o Dia D como as “24 horas que mudaram o mundo e marcaram para sempre a Normandia”.

Vinte e um líderes estrangeiros comparecerão a uma série de comemorações, incluindo Putin, a rainha britânica Elizabeth e o primeiro ministro David Cameron; além do primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, e a chanceler alemã, Angela Merkel.

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Mas, embora a unificação dos aliados e seus sacrifícios tenham sido o tema central das recordações do Dia D, líderes do governo estavam se consultando privadamente sobre a mais série crise europeia em mais de duas décadas: a Ucrânia.

A anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, em março, e o atual impasse no leste da Ucrânia entre forças do governo e separatistas pró-Rússia levaram o relacionamento de Moscou com os Estados Unidos e a União Europeia ao pior patamar desde o fim da Guerra Fria.

Dia D: O maior desembarque de todos os tempos

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