Os dois candidatos à presidência da França, o social liberal Emmanuel Macron e a ultradireitista Marine Le Pen, concordaram nesta quarta-feira em defender a independência de seu país no cenário internacional, mas discordaram quanto à forma de fazê-lo.
Durante o único debate transmitido pela televisão entre os concorrentes antes do segundo turno das eleições do próximo domingo, Marine propôs que a França se mostre equidistante de Rússia e Estados Unidos, e acusou o governo atual, que apoia Macron, de estarem sob influência da chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
"Não há nenhuma razão para iniciar uma guerra fria contra a Rússia, é melhor ter com eles uma relação diplomática e comercial. A Rússia não foi hostil à França", alegou.
Macron reconheceu que é preciso ter contatos com o presidente russo, Vladimir Putin, porque "tem que estar nas negociações em diversos casos", mas defendeu que "em nenhum caso" se submeterá a suas posições, ao contrário do que acusou Marine de fazer.
"A senhora está submetida a ele pelo financiamento de seu partido e pelos valores que representa", criticou.