Mais de 65 mil participam de protesto pró-Crimeia em Moscou

Uma delegação do Parlamento local da Crimeia se juntou ao espetáculo e exibiu uma faixa com a frase "Estamos juntos"

7 mar 2014 - 12h14
(atualizado às 12h17)
Mulher segura uma placa com a frase "Crimeia é terra russa!" e "Não mudamos nossas pessoas por dinheiro!" durante protesto no centro de Moscou, nesta sexta-feira, 7 de março
Mulher segura uma placa com a frase "Crimeia é terra russa!" e "Não mudamos nossas pessoas por dinheiro!" durante protesto no centro de Moscou, nesta sexta-feira, 7 de março
Foto: AFP

Mais de 65 mil pessoas se reuniram em Moscou nesta sexta-feira para um evento em apoio aos habitantes da Crimeia, península ucraniana cujas autoridades pró-Rússia pediram anexação à Rússia, informou a polícia de Moscou.

Exibindo bandeiras russas e cartazes proclamando "A Crimeia é terra russa" ou "Crimeia, estamos com você", eles assistiram, logo atrás da Praça Vermelha a dois passos do Kremlin, um concerto que começou com uma música patriótica intitulada "Officiers", interpretada pela estrela pop russa Oleg Gazmanov.

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Uma delegação do Parlamento local da Crimeia, que se reuniu com parlamentares russos durante a manhã manhã, se juntou ao espetáculo e exibiu uma faixa com a frase "Estamos juntos".

"Olá Crimeia! Ontem tomamos uma decisão histórica sobre a realização de um referendo", declarou o presidente do Parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov, antes de ser aplaudido pela multidão que gritava "Bravo!".

"A Rússia não nos abandonará", acrescentou, pedindo apoio a todos os ucranianos, vítimas, segundo ele, de um governo "ilegítimo".

Dominada por pró-russos, o Parlamento local da Crimeia pediu na quinta-feira a Vladimir Putin que anexe a península ucraniana à Rússia e anunciou a organização de um referendo em 16 de março a este respeito.

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Os eleitores deverão escolher entre uma anexação à Rússia ou uma maior autonomia.

O Parlamento russo declarou nesta sexta-feira que apoiaria a "escolha histórica" da Crimeia.

O presidente russo Vladimir Putin discutiu a questão com seu Conselho de Segurança.

Já o presidente ucraniano interino, Olexander Turtchinov, denunciou "um crime contra a Ucrânia cometido pelos militares russos" e anunciou o lançamento de um processo de dissolução do Parlamento da península.

Europeus e americanos também condenaram a decisão e anunciaram novas sanções diplomáticas e econômicas contra Moscou.

A Crimeia foi "dada" em 1954 à Ucrânia Soviética por Nikita Khrushchev, ele próprio originário da Ucrânia. Para evitar tentações separatistas, a Ucrânia, independente após a dissolução da URSS em 1992, concedeu o status de república autônoma.

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