Marchas contra o terror reúnem mais de 3,7 milhões na França

Informações dão conta de que ato em Paris reuniu mais de 1 milhão

11 jan 2015 - 15h57
(atualizado às 18h14)
Manifestantes passam de um milhão nas ruas de Paris
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Pelo menos 3,7 milhões de pessoas participaram das manifestações deste domingo na França, em repúdio aos atentados cometidos esta semana em Paris, na maior mobilização já registrada até hoje no país - informou o Ministério francês do Interior.

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Nas cidades fora de Paris, houve mais de 2,5 milhões de manifestantes. Na capital, havia entre 1,2 milhão e 1,6 milhão de pessoas, afirmou o Ministério francês, acrescentando que a multitudinária presença tornou impossível uma contagem precisa.

Cerca de 50 líderes mundiais participaram da marcha liderada pelo presidente francês, François Hollande. Entre eles, estavam a chanceler alemã, Angela Merkel; o primeiro-ministro britânico, David Cameron; os chefes de governo espanhol, Mariano Rajoy; e italiano, Matteo Renzi; o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu; e o presidente palestino, Mahmud Abbas.

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Segundo estimativas da polícia, entre 150 mil e 200 mil pessoas marcharam em Lyon (centro), 115 mil em Rennes (oeste), pelo menos 100 mil em Bordeaux (sudoeste), 60.000 em Marselha (sul), entre outras cidades.

Atentados, assassinatos, sequestros e perseguições em Paris

A sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, foi alvo de um ataque que matou 12 pessoas no dia 7 deste mês. De acordo com testemunhas, dois homens encapuzados invadiram a redação armados de fuzis e, enquanto atiravam nas pessoas que trabalhavam no local, gritaram “vamos vingar o profeta” e Allah akbar (Alá é grande). O semanário já havia sofrido diversas ameaças por publicar charges e caricaturas da figura religiosa de Maomé.

O atentado causou comoção no mundo todo. Manifestações foram organizadas com cartazes escritos "je suis Charlie" (Sou Charlie) e mãos empunhando lápis, o material de trabalho dos quatro cartunistas mortos no episódio.

Cidades da França entraram em alerta máximo para ataque terrorista e 88 mil homens das forças de segurança iniciaram uma caçada aos envolvidos no atentado. Nove pessoas foram presas no dia seguinte. Os irmãos nascidos em Paris e de pais argelinos Cherif Kuachi, 32 anos, e Said Kuachi, de 34, foram identificados como os autores dos disparos. O primeiro já havia sido condenado, em 2008, por ter atuado num grupo que enviava jihadistas ao Iraque.

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Nesta sexta-feira (9), a polícia fechou o cerco após os dois irmãos, que estavam foragidos, roubarem um carro e invadirem uma fábrica na cidade de Dammartin-en-Goële, ao norte de Paris, onde mantiveram um refém. Ao mesmo tempo, no leste de Paris, o casal Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly matou  três pessoas em um mercado judaico e fez outras dez reféns. Coulibaly, que conheceria um dos irmãos Kuachi, foi identificado pela polícia como o autor dos disparos que mataram uma policial na periferia de Paris no dia anterior.

Após horas de negociações, ambos os lugares foram invadidos pela polícia. Em Dammartin-en-Goële, os irmãos foram mortos e o refém liberado. No mercado, um sequestrador foi morto, assim como um refém, e a outra terrorista permanece foragida. 

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