'Me joguei sob a mesa', diz sobrevivente de ataque em Paris

"Estava agachado ali e vi meus colegas mortos no chão", disse um dos jornalistas da revista Charlie Hebdo

8 jan 2015 - 20h47
(atualizado às 21h09)
Bombeiros retiram ferido após ataque a sede do jornal Charlie Hebdo, em Paris.  7/1/2015
Bombeiros retiram ferido após ataque a sede do jornal Charlie Hebdo, em Paris. 7/1/2015
Foto: Jacky Naegelen / Reuters

Um dos poucos sobreviventes do ataque à revista satírica Charlie Hebdo, o jornalista Laurent Léger disse que só teve tempo de "se jogar debaixo da mesa", enquanto via seus colegas sendo mortos.

Em entrevista ao canal de TV francês France 2, ele contou como conseguiu sobreviver ao massacre, deixou 12 pessoas mortas, entre elas vários de seus colegas de redação.

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"Nós ouvimos um barulho que parecia com fogos de artifício ─ e não entendemos o que estava acontecendo. De repente, um homem invadiu a sala de reunião. Havia cheiro de pólvora. Ele gritou 'Allahu Akbar' ("Deus é grande", em árabe) duas vezes e começou a atirar. Tudo aconteceu muito rápido", afirmou Léger.

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"Eu só tive tempo de me jogar debaixo da mesa. Estava agachado ali e vi meus colegas mortos no chão. Tive sorte porque como, a sala era pequena, o atirador não podia andar com facilidade ao redor da mesa e olhar debaixo dela. Houve um longo período de silêncio e eu o ouvi indo embora", acrescentou o jornalista.

"Assim que ele saiu, eu o ouvi dizendo a mulher na redação: "Não queremos matar mulheres". Aí ele trocou algumas palavras com outro homem e foi só aí que eu percebi que eram dois atiradores", afirmou Léger.

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