Médico da Charlie Hebdo diz como foram momentos após ataque

"Muitos já estavam mortos porque foram abatidos em estilo de execução", contou Patrick Pelloux

9 jan 2015 - 12h59
(atualizado às 13h15)

Colaborador da Charlie Hebdo e médico de emergência, Patrick Pelloux chegou à redação da revista momentos após o ataque terrorista que deixou 12 pessoas mortas na quarta-feira.

"Às 11h30, Jean-Luc, o designer gráfico, me ligou dizendo: 'Venha rápido. Precisamos de você'", disse, emocionado, ao canal de TV francês iTele.

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Ao receber a ligação, ele achou que era uma brincadeira. "Achei que ele estava brincando porque eu ia passar lá à tarde para desejar Feliz Ano Novo".

Foto: AP

Emocionado, Pelloux contou como foram os momentos seguintes ao ataque/ Foto: AP

Com a voz embargada e lágrimas nos olhos, ele contou que foi imediatamente ao local, acompanhado de bombeiros e paramédicos.

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"Foi horrível. Muitos já estavam mortos porque foram abatidos em estilo de execução. Nós conseguimos salvar alguns, que nesta manhã estavam bem", contou.

Pelloux disse que foi ao programa de TV para anunciar que a revista iria continuar "porque eles não ganharam".

"Charb, Cabu, Wolinski, Bernard Maris, Honore, Elsa, Tignous, Mustapha e o guarda que foi abatido e tinha recebido a missão de nos proteger não morreram em vão."

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