Médico italiano infectado com ebola será levado para Roma

Primeiro italiano infectado trabalhava em um centro para doentes com ebola em Lakka, em Serra Leoa

24 nov 2014 - 12h03
<p>Funcionário do hospital francês mostra luvas e roupas de proteção usadas para tratamento de paciente</p>
Funcionário do hospital francês mostra luvas e roupas de proteção usadas para tratamento de paciente
Foto: Philippe Wojazer / Reuters

Um médico italiano contaminado com ebola em Serra Leoa vai ser transferido para um hospital especializado em doenças infecciosas de Roma, anunciou nesta segunda-feira o Ministério italiano da Saúde em um comunicado.

O médico, que trabalhava para a ONG Emergency, ainda não apresentou sintomas, como febre, até o momento. Ele deve ser repatriado em um voo especial na noite de segunda para terça-feira.

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"Fomos informados ontem pela ONG Emergency que um médico italiano deu resultado positivo para o vírus do ebola, em Serra Leoa. As unidades de crise do Ministério das Relações Exteriores e da Defesa foram acionadas para transferir o paciente para o Instituto Nacional para Doenças Infecciosas Lazzaro Spallanzani", em Roma, anunciou o ministério.

"Podemos tranquilizar a família, o médico se sente bem. Ele não teve febre ou outros sintomas durante a noite. Ele tomou seu café da manhã", disse a ministra da Saúde, Beatrice Lorenzin.

Esse médico, que não teve sua identidade revelada, é o primeiro italiano contaminado pelo vírus ebola.

Segundo um comunicado da Emergency, ele trabalhava em um centro para doentes com ebola em Lakka, em Serra Leoa. Ele "desenvolveu sintomas de Ebola", mas seu estado de saúde atual é bom.

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Toda a equipe da Emergency seguiu a formação e um protocolo de proteção específicos para o ebola, mas "nenhuma intervenção sanitária em uma epidemia tão grave pode ser considerada totalmente fora de risco", indicou a ONG italiana.

A atual epidemia de ebola é a mais grave da história desta febre hemorrágica identificada em 1976 na África Central. Desde que foi declarada há quase um ano no sul da Guiné, ela causou a morte de pelo menos 5.459, de 15.351 casos registrados, de acordo com o último registro da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Foto: Arte Terra

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