Medidas de austeridade causam greve geral em Bruxelas

8 dez 2014 - 19h00
(atualizado às 19h01)
<p>O setor industrial também será afetado; na foto, trabalhadores bloqueiam o acesso à fabrica da Audi</p>
O setor industrial também será afetado; na foto, trabalhadores bloqueiam o acesso à fabrica da Audi
Foto: Nicolas Maeterlinck / AFP

A Bélgica enfrenta nesta segunda-feira (8) novo dia de greve que afetará as regiões de Bruxelas e Brabante Valão, como forma de protesto contra as novas medidas de austeridade anunciadas pelo governo.

O novo Executivo de centro-direita, formado há dois meses, deverá enfrentar mais ações integradas, em uma série de greves regionais que serão feitas até o dia 15 de dezembro, quando ocorre paralisação geral.

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Está previsto um dia de "caos" nas estradas em torno da capital, já que nenhum comboio deverá chegar a Bruxelas. Também devem ocorrer cortes e barricadas em pontos-chave de acesso, segundo o diário Le Soir. O tráfego na capital deve ficar caótico, já que não circula o metrô, nem os elétricos e os transportes coletivos.

Como medida de prevenção, cerca de 30% dos voos previstos para hoje, a partir do Aeroporto Nacional de Bruxelas, foram cancelados.

O acesso às escolas primárias e secundárias foi bloqueado, e os hospitais cancelaram as consultas, funcionando como no domingo, ou seja, apenas com serviço de urgência.

As grandes áreas comerciais e as sucursais bancárias estão fechadass, até porque a população não conseguirá chegar ao local de trabalho. O setor industrial também será afetado, com greves convocadas pelas concessionárias de automóvel e pelo Porto de Bruxelas.

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Os trabalhadores das cadeias de televisão nacionais RTBF e VRT votaram a favor da greve geral, e as emissões habituais serão substituídas por outros programas.

A província de Brabante Valão será afetada de maneira semelhante, e apesar de as estações não serem bloqueadas, nenhum comboio vai partir em direção a Bruxelas.

Os sindicatos que convocaram as greves opõem-se ao aumento da idade da reforma, às alterações ao regime das pensões e à suspensão da indexação salarial anual, incluídas no pacto governamental.

Agência Brasil
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