A chanceler alemã, Angela Merkel, acompanhará nesta terça-feira em Berlim um ato em favor da unidade nacional e contra a islamofobia convocado pelas associações muçulmanas após os atentados de Paris.
Nesta terça-feira, um dia após um novo recorde de participação em uma manifestação contra a imigração em Dresde (leste), vários jornais alemães citavam a frase pronunciada na segunda-feira pela chefe de governo: "O Islã faz parte da Alemanha".
Para Merkel, a mobilização desta terça-feira enviará uma mensagem muito forte à sociedade sobre a coabitação pacífica de diferentes religiões no país.
A Alemanha, o país mais populoso da Europa, com cerca de 80 milhões de pessoas, tem quatro milhões de muçulmanos, 75% dos quais são de origem turca.
Merkel descarta levantar sanções contra Rússia
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As autoridades alemãs temem um aumento da tensão após os ataques na França.
Para o jornal Bild, a missão da chanceler é clara: preservar "a liberdade e proteger (a Alemanha) contra uma guerra terrorista".
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"Há dois temas sobre os quais (Merkel) é capaz de falar com vigor: a religião e a liberdade", acrescenta o jornal, lembrando que a chanceler, filha de um pastor, passou sua juventude na Alemanha Oriental.
Na tarde desta terça-feira, após um minuto de silêncio várias personalidades discursarão no Portão de Brandeburgo: Aiman Mazyek, co-organizador e presidente do Conselho Central dos Muçulmanos (ZMD), uma das associações representativas dos muçulmanos alemães, representantes das comunidades judaica, católica e protestante, assim como o presidente alemão, Joachim Gauck, que dará por concluída a manifestação.
A décima-quinta manifestação em Dresde convocada pelo movimento islamofóbico Pegida (acrônimo em alemão de Europeus Patriotas contra a Islamização do Ocidente), que denuncia uma islamização da Alemanha, reuniu mais de 25.000 pessoas na segunda-feira, o que representa um recorde de afluência.
O Pegida havia reunido 500 pessoas em sua primeira manifestação, no dia 20 de outubro.
Na capital da Saxônia, muitos carregavam cartazes com referências aos atentados parisienses, como "Não podem matar nossa liberdade" ou "Liberdade de pensar em vez do terror salafista", misturados com "Islã = Câncer", "Não ao multiculturalismo" ou "Paz com a Rússia!".
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Desde outubro, o Pegida organiza todas as segundas-feiras uma manifestação contra o Islã e os demandantes de asilo, embora nesta ocasião tenha convocado a prestar homenagem às "vítimas do terrorismo de Paris".
Mais de 100.000 contramanifestantes também saíram às ruas na segunda-feira na Alemanha para protestar contra o movimento islamofóbico e transmitir uma imagem de país solidário com as vítimas dos atentados de Paris, mas também tolerante e aberto ao mundo.
"Não aceitaremos que extremistas que só procuram semear o ódio e a discórdia destruam nossa sociedade", indicaram as associações muçulmanas ao convocar a manifestação desta terça-feira.
Segundo uma pesquisa publicada na semana passada, mais da metade dos alemães (57%) considera o Islã como uma ameaça, e 61% acreditam que esta religião é incompatível com o Ocidente.
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Milhares de pessoas se reúnem na Praça da República em Paris, para paricipar da manifestação em homenagem às vítimas dos ataques terroristas à capital francesa
Foto: AP
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Manifestantes exibem placas com a seguinte mensagem: " Je Suis Charlie", em referência à revista de humor atacada por dois irmãos terroristas
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Manifestantes sobem no monumento da Praça da República, que expõe os valores exaltados pela França: liberdade, igualdade e fraternidade
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Milhares de pessoas foram convocadas a participar da Marcha da Unidade, em Paris
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Manifestante exibe uma bandeira da França durante concentração na Praça da República
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Manifestação é realizada em memória das vítimas dos autores dos atentados contra a revista de humor Charlie Hebdo e a um mercado judaico de Paris
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O ex-presidente Nicolas Sarkozy recebe os cumprimentos do atual líder francês, François Hollande, no Palácio do Eliseu
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O primeiro ministro espanhol, Mariano Rajoy, é recebido pelo presidente francês antes do início das manifestações
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O rei da Jordânia, Abdullah, e a esposa, a rainha Rania, também foram a Paris para participar das homenagens
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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, cumprimenta o presidente da França, François Hollande
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acena para os jornalistas ao ser recebido por Hollande no Palácio do Eliseu
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O presidente palestino, Mahmoud Abbas, é recepcionado pelo colega François Hollande na sua chegada ao Palácio do Eliseu
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Autoridades da Alemanha, Espanha, Jordânia, Israel, Reino Unido e de vários outros países se juntam ao presidente François Hollande durante a marcha pela liberdade
Foto: Reuters
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O presidente francês, François Hollande, conforta o colunista do Charlie Hebdo Patrick Pelloux durante a marcha pela liberdade
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De braços dados, líderes mundiais marcham pela liberdade de expressão e em homenagem aos mortos nos atentados de Paris
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Manifestantes percorrem as ruas de Paris durante marcha pela liberdade
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Jovem francesa desenha dois lápis sendo atingidos por avião, de modo similar ao ataque as torres gêmeas em 11 de setembro de 2001
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Familiares de vítima carregam cartaz "Eu sou Michael Saada" durante a marcha em Paris
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Ao todo, 40 líderes mundiais perfilam com os braços entrelaçados em passeata em Paris, em torno do presidente francês, François Hollande
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Chinesa carrega cartaz em homenagem ao jornal alvo dos ataques na última quarta-feira, em francês e chinês
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Cartaz que foi o mote da manifestação, "Eu sou Charlie" é visto no meio da manifestação
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Lápis virou símbolo dos manifestantes contra o ódio provocado pelos extremistas nos atentados em Paris
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Colunista do Charlie Hebdo, Patrick Pelloux muito emocionado durante a marcha pela liberdade
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Homem toca estátua pichada ao lado do símbolo da marcha, "Je Suis Charlie"
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Franceses acedem velas com cair da noite na marcha pela liberdade em Paris
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Uma mulher acende uma luz e reverência os quatro cartunistas mortos no ataque à revista Charlie Hebdo
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Vista geral da marcha pela liberdade neste domingo
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Homem usa lápis durante ato em Paris em homenagem aos cartunistas mortos
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Franceses carregam bandeira do país e faixas em homenagem às vítimas do ataque
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Pessoas escalam monumento em Paris durante ato neste domingo
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Velas são acesas na praça da Liberdade em Paris
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Pessoas escalam o monumento da Queda da Bastilha durante os últimos momentos da marcha pela liberdade
Foto: EFE
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Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu chega a Grande Sinagoga de Paris para discurso em homenagem às vítimas do ataque ao mercado kosher
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Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, e presidente francês, François Hollande, lado a lado na Grande Sinagoga de Paris
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