Milhares de judeus vindos de Israel e de outros países participaram da tradicional "Passeata dos vivos", nesta quinta-feira (5), no antigo campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, para lembrar as seis milhões de vítimas do Holocausto.
Muitos levavam a bandeira israelense sobre os ombros quando cruzaram a porta com a triste e célebre inscrição "Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta") do campo de Auschwitz para percorrer depois, em silêncio, os três quilômetros que a separam de Birkenau, o maior dos três campos do complexo de Auschwitz.
Só em Birkenau foram assassinados pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial pelo menos 1,1 milhão de prisioneiros judeus. Auschwitz-Birkenau foi o maior dos campos de extermínio nazista e se transformou no mundo inteiro em símbolo do Holocausto.
As leis de Nuremberg e os julgamentos de Nuremberg foram este ano o tema central desta manifestação, que desde sua primeira edição, em 1988, contou com 220 mil participantes de 52 países, informaram os organizadores.
Ontem, juristas de todo o mundo abordaram em uma conferência na Cracóvia as leis racistas de Nuremberg, que excluíram os cidadãos judeus da sociedade alemã, assim como os processos de Nuremberg que julgaram os oficiais nazistas depois da Segunda Guerra Mundial.
Em uma "Declaração de Nuremberg", os participantes chamaram não só a lutar contra o antissemitismo e a negação do Holocausto, mas denunciaram também a indiferença que deixa a via aberta aos distúrbios, a violência e inclusive ao genocídio.