Milhares fazem ato em homenagem a vítimas de ataque em Paris

No ato, franceses seguravam cartazes com os dizeres "Je suis Charlie", em português, "Eu sou Charlie"

7 jan 2015 - 16h21
(atualizado em 10/1/2015 às 16h33)
Alguns usavam adesivos e cartazes onde se podia ler a mensagem "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie"), que também circula nas redes sociais
Alguns usavam adesivos e cartazes onde se podia ler a mensagem "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie"), que também circula nas redes sociais
Foto: AFP

Milhares de pessoas se reuniram na tarde desta quarta-feira, em Paris, em homenagem às vítimas do sangrento atentado contra a revista humorística Charlie Hebdo, uma manifestação que se repetiu em várias cidades francesas, segundo a polícia.

Em Paris, convocados por vários sindicatos, associações, meios de comunicação e partidos políticos, cerca de cinco mil pessoas se reuniram a partir das 17h locais (14h de Brasília) na Praça da República, centro da capital, perto da sede do semanário.

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Alguns usavam adesivos e cartazes onde se podia ler a mensagem "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie"), que também circula nas redes sociais.

Entre os cartazes, um dizia "Charb mort libre" (Charb morre livre), em homenagem a Charb, cartunista e diretor da Charlie Hebdo, falecido no ataque, ao lado de três dos principais caricaturistas da publicação - Cabu, Tignous e Wolinski -, todos muito conhecidos na França.

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"É dramático que estas pessoas tenham sido assassinadas. Amanhã, as pessoas não poderão falar. Temos que ir às ruas aos milhares", disse à AFP Béatrice Cano, manifestante que trazia o último número da Charlie Hebdo, publicado nesta quarta-feira.

"A liberdade de imprensa não tem preço", dizia outro cartaz.

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Mais de 10 mil pessoas se concentram nas ruas de Lyon (centro-leste) e em Toulouse (sudoeste), segundo estimativas das forças de ordem.

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A Sociedade dos Jornalistas (SDJ), coletivo que reúne 15 meios de comunicação, entre eles alguns dos mais importantes da França, como os jornais Le Monde, Le Figaro, Libératión, a Rádio France International, a Agence France-Presse, a emissora TF1, condenou o que chamou de um "ato de terrorismo inqualificável" em um comunicado conjunto, intitulado "Nous sommes tous des Charlie" (Todos somos de Charlie).

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"Nós, jornalistas, expressamos nossa profunda tristeza, assim como nossa ira e queremos manifestar apoio aos nossos colegas, aos policiais e às famílias tocadas por este atentado horripilante", declarou a SDJ.

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Aos gritos de "Alá Akbar" (Alá é o maior), os atacantes, armados, entraram na sede do Charlie Hebdo, dispararam contra os funcionários e depois fugiram, matando 12 pessoas a sangue frio, entre eles personalidades desta publicação emblemática, que já tinha sido ameaçada em várias oportunidades por suas caricaturas do profeta Maomé.

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O massacre, de uma "barbárie excepcional", segundo o presidente francês, François Hollande, provocou indignação em todo o mundo.

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