Milhares protestam na França contra reforma trabalhista

23 set 2017 - 16h06
(atualizado às 16h56)
Foto: Reuters

Manifestantes tomaram ruas de Paris para se manifestar contra decretos de Emmanuel Macron que flexibilizam a legislação.Dezenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Paris neste sábado (23/09) para protestar contra a reforma trabalhista do presidente da França, Emmanuel Macron. A manifestação foi organizada pelo ex-candidato à Presidência e líder da esquerda radical do país, Jean-Luc Mélénchon.

A manifestação foi organizada em forma de marcha entre as praças da Bastilha e da República e ocorreu um dia depois de Macron ter assinado uma série de decretos que flexibilizam as relações de trabalho no país.

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O líder da extrema-esquerda estava na frente do protesto, ao lado de outros deputados de seu partido, o França Insubmissa. No Twitter, ele publicou uma foto com a mensagem: "Resistência! Bravo para todos os assalariados em luta pelos nossos direitos".

O protesto, é o terceiro depois dos últimos dias que tiveram como alvo o que chamam de "golpe de estado social".

Além do França Insubmissa, outras lideranças políticas tomaram parte no protestos, como o candidato do Partido Socialista nas eleições presidenciais, Benoît Hamon, e representantes da direção do Partido Comunista Francês.

Foto: Reuters

A reforma

A reforma visa simplificar as regras trabalhistas para que as empresas possam se ajustar mais rapidamente às oscilações da economia. A meta do governo é diminuir a elevada taxa de desemprego do país, que desde 2010 se encontra pouco abaixo dos 10% - mais que o dobro dos níveis verificados na Alemanha e no Reino Unido e acima da média europeia, que é de 7,8%.

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Macron, que assumiu a presidência da França há quatro meses, afirmou que a reforma das leis trabalhistas promove uma "transformação inédita do sistema social" do país e é "indispensável para nossa economia", mas sindicatos alegam que os direitos dos trabalhadores serão reduzidos

Além de trazer "soluções pragmáticas para as pequenas e médias empresas", que "são as que mais geram empregos", os efeitos da nova medida "serão estruturantes sobre o emprego, especialmente para os mais jovens", destacou o presidente.

Sobre as acusações de que a reforma beneficia somente o setor empresarial, Macron garantiu que os decretos "introduzem novos direitos e proteção para os trabalhadores e seus representantes".

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